Por Agência EFE
O presidente do Iraque, Fuad Masum, emitiu nesta segunda-feira (27) um decreto que convoca para o dia 3 de setembro a primeira sessão do novo Parlamento, eleito em maio deste ano, após o Tribunal Supremo ter validado os resultados das eleições de 19 de agosto.
Um comunicado do escritório de informação de Masum detalhou que o presidente manteve conversas “profundas” com todos os grupos políticos para acelerar os acordos antes de convocar o Parlamento, que terá de realizar a primeira sessão em um prazo máximo de 15 dias a partir da confirmação do resultado eleitoral.
O Parlamento terá de escolher o novo primeiro-ministro, que atribuirá ao maior bloco parlamentar a tarefa de formar o governo em um período de 30 dias desde que receba a incumbência.
Enquanto isso, as forças políticas iraquianas continuam os contatos para conseguir a maioria parlamentar para nomear o próximo primeiro-ministro.
Atualmente, há dois grandes blocos parlamentares que terão a chave do novo governo, embora ambos necessitarão o apoio dos deputados curdos e sunitas para alcançarem essa maioria.
De um lado está o bloco liderado pela aliança do clérigo xiita Moqtada al Sadr, Sairun (“Marchamos”, em árabe); a formação do primeiro-ministro Haider al Abadi, Al Nasr (“A Vitória”); a corrente Al Hikma (“A Sabedoria”), de Ammar al Hakim; e a Aliança Nacional do vice-presidente Ayad Allawi.
Do outro está o bloco integrado pela coalizão Al Fattouh (“A Conquista”), liderada por Hadi al Amiri, líder de uma milícia apoiada pelo Irã; e o partido Estado de Direito do ex-primeiro-ministro Nouri al Maliki, junto a outras personalidades e partidos políticos.