Presidente da França concorda com Trump em adotar abordagem mais ampla sobre Irã

Acordo de 2015 tinha intenção de impedir que o Irã obtivesse armas nucleares, mas garante que o país possa desenvolvê-las em 2026

25/04/2018 13:35 Atualizado: 25/04/2018 13:35

Por Jasper Fakkert

O presidente dos Estados, Donald Trump, e o presidente da França, Emmanuel Macron, disseram na segunda-feira (23) que é necessária uma abordagem mais ampla para bloquear a influência do Irã na região.

Ambos os líderes se reuniram na Casa Branca em uma reunião realizada menos de três semanas antes que expire o prazo estabelecido por Trump para encontrar uma solução para o acordo nuclear com o Irã.

O acordo feito em 2015, oficialmente chamado Plano de Ação Conjunta Global, firmado entre Irã, Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha, tinha a intenção de impedir que o Irã obtivesse armas nucleares, mas garante, por outro lado, que o país possa desenvolver tais armas em 2026.

No acordo, certas limitações fundamentais do programa nuclear iraniano foram eliminadas, permitindo ao regime naquele momento instalar milhares de centrífugas de urânio avançadas. De acordo com especialistas, isso permite que o país consiga desenvolver uma arma nuclear dentro de seis meses.

Outra debilidade importante do acordo é o fato de que o desenvolvimento da tecnologia de mísseis avançados do Irã não está coberto pelo acordo, mas por uma resolução separada dos Estados Unidos. Isto significa que o desenvolvimento da tecnologia de mísseis balísticos por parte do Irã não influencia no caso do cumprimento ou não do acordo nuclear.

Falando na Casa Branca ontem (24), o presidente Trump descreveu o acordo como “um negócio terrível” que “nunca deveria ter sido feito”.

A França foi um fervoroso defensor do acordo em 2015, no entanto Macron, presidente da nação desde 2017, disse que uma abordagem mais ampla sobre as atividades do Irã na região se faz necessária.

“O acordo com o Irã é uma questão importante, mas temos que ter uma imagem muito mais ampla, que é a segurança em toda a região”, disse Macrón na Casa Branca, destacando: “O que queremos fazer é conter o Irã e sua presença na região.”

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