Por Agência EFE
O presidente colombiano, Iván Duque, garantiu, na sexta-feira, que “qualquer apologia ao nazismo é inaceitável”, ao mesmo tempo que condenou o uso de símbolos alusivos aos responsáveis pelo holocausto.
“Qualquer apologia ao nazismo é inaceitável e condeno qualquer manifestação que faça uso ou referência a símbolos alusivos aos responsáveis pelo holocausto que ceifou a vida de mais de 6 milhões de pessoas”, escreveu o chefe de Estado em sua conta no Twitter.
Cualquier apología al nazismo es inaceptable y condeno toda manifestación que haga uso o referencia a símbolos alusivos a quienes fueron responsables del holocausto judío que cobró la vida de más de 6 millones de personas. El antisemitismo no tiene cabida en el mundo.
— Iván Duque
Ele também destacou que “o antissemitismo não tem lugar no mundo”.
Duque afirmou sua posição diante a polêmica que eclodiu no país após integrantes de uma escola da polícia do município de Tuluá, no departamento do Valle del Cauca (sudoeste), homenagearem a Alemanha, utilizando e destacando a iconografia nazista.
A polícia explicou, na quinta-feira, em nota, que a cerimônia foi realizada no âmbito de uma atividade educativa sobre história universal, na Escola de Polícia Simón Bolívar, em Tuluá, durante a Semana da Internacionalização, e que a Alemanha foi o país convidado.
Em fotos publicadas nas redes sociais e na conta do Facebook da polícia, uma pessoa aparece disfarçada de Adolf Hitler e outras com uniformes usados pelas Forças Armadas alemãs durante a Segunda Guerra Mundial.
A suástica também foi desenhada nas braçadeiras usadas por alguns uniformizados e até mesmo em um modelo de avião que foi exposto no local.
Diante dessa situação, as embaixadas da Alemanha e de Israel na Colômbia expressaram em uma declaração conjunta “sua rejeição total a qualquer demonstração de apologia ao nazismo”.
Eles lembraram que “qualquer discurso de ódio” pode levar a “resultados trágicos como os experimentados anos atrás” na Segunda Guerra Mundial, onde seis milhões de judeus foram mortos.
Por sua vez, a Polícia colombiana declarou em uma nota, na quinta-feira, que “rejeita com a maior veemência a decisão tomada dentro da escola. São atos que vão contra a política institucional de respeito absoluto aos direitos humanos”, detalhou a instituição em uma nota.
Diante ao “uso dos emblemas nazistas e da caracterização de seu uniforme policial”, o qual a instituição qualificou como “inaceitável”, decidiu-se destituir o diretor do Colégio Simón Bolívar, Jorge Ferney Bayona, de seu cargo “imediatamente”.
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