O presidente do Peru, Pedro Castillo, afirmou neste sábado ter convicção de que concluirá o mandato em 2026, vencendo o que classificou de “inimigos da mudança, os conservadores”, enquanto a oposição recolhe assinaturas para apresentar no Congresso a terceira moção de impeachment contra ele.
Durante ato oficial para comemorar os 242 anos da rebelião de Túpac Amaru II e Micaela Bastidas, protagonistas da revolução indígena mais importante contra a colônia espanhola, Castillo garantiu que seu governo levará a melhor sobre quem, segundo ele, não o quer no poder.
“Guardando as devidas proporções, sabemos que lutamos uma batalha tão desigual como a que viveu o mesmo Túpac Amaru, mas afirmo que a superaremos e a venceremos”, disse o presidente, no Palácio do Governo, sede da presidência.
Castillo disse ainda que “os inimigos da mudança, os conservadores, os reacionários de sempre, já não utilizam as velhas armas que usaram contra o mártir de Cuzco”, mas sim, querem derrubar seu governo “com desinformação, com falsas acusações e com calúnias.
O presidente ainda afirmou que o desejo é de que ele renuncie ao desejo de realizar “as mudanças que o país precisa”.
“Terão a mim até o último dia do mandato, porque o povo decidiu assim”, garantiu Castillo, que assumiu o cargo em julho de 2021.
Diversas vezes, o presidente denunciou a existência de um “complô” de parte da imprensa, da oposição e do Poder Judiciário, para tirá-lo do poder, no que vem chamando de “nova modalidade de golpe de Estado”.
A primeira vez que mencionou isso foi um dia depois da Procuradora Geral da Nação, Patricia Benavides, apresentar no Congresso uma denúncia constitucional contra ele, por, supostamente, liderar uma organização criminosa que obteve dinheiro ilícito através de licitações de obras públicas.
A denúncia está agora nas mãos da Subcomissão de Acusações Constitucionais do Parlamento, onde vários deputados de oposição estão recolhendo assinaturas para apresentar uma terceira moção de impeachment contra Castillo.
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