Presidente do México afirma que não enviará armas à Ucrânia

“Nós não enviamos armas para lugar nenhum. Somos pacifistas”

04/03/2022 19:12 Atualizado: 04/03/2022 19:12

Por Agência EFE 

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmou nesta sexta-feira que não enviará armas “a lugar nenhum”, questionado sobre o apoio que seu país pode dar à Ucrânia após a invasão russa.

“Nós não enviamos armas para lugar nenhum. Somos pacifistas”, disse o presidente após ser questionado sobre o assunto na conferência diária do Palácio Nacional.

López Obrador fez esse comentário depois que saiu na mídia mexicana que, por meio de uma carta, os legisladores ucranianos pediram à presidente do Senado, Olga Sánchez Cordero, ajuda para interceder junto aos parceiros europeus e seus aliados para enviar armas, assistência militar e humanitária à Ucrânia.

“Se você puder fornecer qualquer outro tipo de assistência militar e humanitária, ficaremos muito gratos”, disse a carta, datada de 3 de março.

O presidente mexicano disse que se for “necessário” os compatriotas na Rússia também serão protegidos.

“As Relações (Exteriores) já estão atendendo isso. Tanto mexicanos na Ucrânia quanto mexicanos na Rússia, proteção e ajuda humanitária a todos. Somos do partido da fraternidade universal, que ultrapassa fronteiras”, concluiu o presidente.

Minutos antes, o chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, explicou que o México, que condenou o ataque russo, se concentrará no envio de ajuda humanitária, ao mesmo tempo em que dará uma “oportunidade à política da diplomacia”.

“O México não vai participar de nenhum tipo de sanção além das sanções multilaterais aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU. Essa tem sido a posição histórica do nosso país, não há ambiguidade nisso”, acrescentou o chefe do Ministério das Relações Exteriores (SRE).

Um avião da Força Aérea Mexicana procedente da Romênia pousou na madrugada desta sexta-feira com 81 pessoas evacuadas da Ucrânia, a maioria mexicanos residentes no país invadido pela Rússia.

A tensão na Ucrânia continua a crescer após 9 dias de guerra, especialmente porque nas últimas horas as tropas russas atacaram a maior usina nuclear da Europa.

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