Presidente da Coreia do Sul declara lei marcial e classifica oposição de “forças pró-Coreia do Norte”

Por Agência de Notícias
03/12/2024 13:36 Atualizado: 03/12/2024 13:36

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, declarou nesta terça-feira (03) a lei marcial de forma emergencial para proteger a “ordem constitucional” de atividades “antiestatais”, das quais acusou o principal partido da oposição, o Partido Democrático (DP), o qual classificou como “forças pró-Coreia do Norte” em pronunciamento televisionado.

O anúncio surpreendente foi feito depois que o DP, que tem maioria na Assembleia Nacional (parlamento), aprovou, sem o apoio do Partido do Poder Popular (PPP), grupo governista de Yoon, um orçamento geral para 2025 com vários cortes, bem como moções para destituir o procurador-geral e o chefe do Conselho de Auditoria e Inspeção, encarregado de monitorar as contas dos órgãos públicos.

Após o anúncio, foi nomeado comandante sob a lei marcial o chefe do Estado-Maior Conjunto (JCS), Park An-su, que indicou que as atividades da Assembleia Nacional e dos partidos políticos estão proibidas, informou a agência de notícias Yonhap. Tropas do comando militar já entraram no complexo da Assembleia Nacional, diante do qual vários cidadãos se reuniram para protestar contra as medidas tomadas.

Por sua vez, o ministro da Defesa, Kim Yong-hyun, determinou uma reunião dos principais comandantes e ordenou um monitoramento rigoroso do Exército, informou o JCS em comunicado.

Até o momento, imagens transmitidas por emissoras de televisão mostraram grupos de policiais bloqueando o acesso à Assembleia Nacional.