Por EFE
Lisboa, 25 jul – Uma colaboração entre várias empresas e centros de pesquisa e acadêmicos de Portugal resultou no desenvolvimento de uma máscara que inativa o coronavírus SARS-CoV-2, que causa a Covid-19, equipamento que recebeu o aval do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes de Lisboa (iMM).
A máscara, chamada MOxATech, já está à venda desde abril, mas a capacidade de inativar o vírus só foi confirmada agora, por uma série de testes realizados pelo iMM, informaram em comunicado as entidades que integram o projeto.
Este equipamento, que conta com um revestimento que neutraliza o vírus no momento do contato, foi desenvolvido graças à colaboração entre a empresa têxtil Adalberto, à varejista MO, da Sonae Fashion, o centro de tecnologia CITEVE, o iMM e a Universidade do Minho.
O virologista do iMM Pedro Simas, que coordenou os testes, afirmou que “foi demonstrada uma eficaz inativação do SARS-CoV-2 mesmo depois de 50 lavagens, observando-se uma redução viral de 99% após uma hora de contato com o tecido”.
Para colocar a eficácia à prova, o tecido foi analisado após entrar em contato com uma solução que contém uma determinada quantidade de vírus, de modo a medir a viabilidade da máscara ao longo do tempo.
Antes do iMM, o Instituto Pasteur de Lille, na França, já havia testado com êxito as características antimicrobianas do equipamento contra o vírus H1N1, o coronavírus e o rotavírus.
A máscara, desenvolvida com um tecido branco com várias camadas diferentes, impermeável e reutilizável, é também certificada pela Direção-Geral de Empresas francesa, que apontou uma retenção de partículas de 96%, mesmo após 50 lavagens.
Embora agora só estejam disponíveis nas lojas da marca portuguesa MO, o projeto foi aberto à comunidade para que outras marcas em Portugal e no exterior possam distribuir o equipamento.