A população de Cuba em 2024 caiu para menos de 10 milhões de habitantes – significativamente menor do que os 11,1 milhões em 2021 – e “deve continuar a diminuir”, confirmou o regime na sexta-feira (19).
De acordo com Juan Carlos Alfonso, vice-diretor do Escritório Nacional de Estatística e Informação (ONEI), esse é um cálculo que levou em conta a migração sem precedentes dos últimos três anos, assim como as mortes.
Alfonso disse que se forem levados em conta os cubanos que emigraram, mas mantiveram sua residência, seja porque passam parte do ano na ilha ou porque solicitaram uma extensão no exterior, o número sobe para pouco mais de 10,05 milhões de cubanos até 2023.
No entanto, esse número representa uma queda de 10,1% em relação ao número de residentes em 2020 e é semelhante ao número em Cuba em 1985, advertiu o funcionário.
Alfonso também lamentou que quase 80% das idades dos que emigrarão entre 2021 e 2023 estejam entre 15 e 59 anos, ou seja, em suas etapas “reprodutivas e produtivas”.
De acordo com os números oficiais divulgados nesta sexta-feira, há pouco mais de 1,2 milhão de cubanos que “permanecem fora” do país – não detalhou se são todos migrantes e desde qual período – e “75% deles” não residem mais na ilha.
A província de Havana, a mais populosa, é a que registrou a maior redução populacional entre 2021 e 2023: 15,3%.
Em uma entrevista à Agência EFE em junho, o próprio Juan Carlos Alfonso disse que o país adiaria o censo populacional que havia planejado realizar há dois anos até pelo menos 2025 devido à falta de recursos.
Segundo um estudo independente realizado pelo economista e demógrafo cubano Juan Carlos Albizu-Campos, a população de Cuba cairá 18% entre 2022 e 2023, chegando a 8,62 milhões de pessoas.
A estimativa se baseia no número de cubanos que chegaram aos EUA entre outubro de 2021 e abril de 2024, totalizando 738.680 pessoas, de acordo com informações das autoridades americanas que combinam vistos, chegadas irregulares e outros.