População da Ucrânia vence Prêmio Sakharov da União Europeia

Por Agência de Notícias
14/12/2022 12:47 Atualizado: 14/12/2022 12:47

A população da Ucrânia, representada pelo presidente do país, Volodymyr Zelensky,  lideranças da sociedade civil e da resistência à invasão da Rússia, recebeu nesta quarta-feira o Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, entregue pela União Europeia (UE).

O próprio chefe de Estado participou, por videoconferência, de sessão do Parlamento Europeu, para agradecer pessoalmente pelo prêmio e pelos esforços do Legislativo comunitário e outras instituições para que seja estabelecido um tribunal especial para a guerra na Ucrânia.

“Talvez só depois do fim da guerra, quando libertarmos todo nosso território, encontraremos todas as sepulturas de terror. Só então poderemos dizer quantas vidas a tirania destruiu”, afirmou Zelensky, que já havia discursado no Parlamento Europeu poucos dias após o início da invasão russa.

O presidente agradeceu o prêmio “em nome dos que lutam pela Ucrânia e pela liberdade” e considerou um “dever moral” construir uma nova arquitetura de segurança “pela liberdade global e da lei internacional” que evite que nunca mais acontece um crime de genocídio contra a população ucraniana.

Além disso, considerou que o tipo de tribunal que pode ser criado para julgar os crimes russos deve ter caráter “permanente”, para que “seja inevitável a punição pela guerra criminosa” e que desencoraje os conflitos.

Zelensky fez um minuto de silêncio junto com os eurodeputados, em memória das pessoas que morreram durante a invasão.

Com ele, também receberam o prêmio o prefeito de Melitopol, Ivan Fedorov; a fundadora da unidade médica de evacuação “Anjos de Taira”, Yulia Pajevska; além da diretora do Centro para as Liberdades Civis Oleksandra Matviychuk.

O Prêmio Sakharov, desde 1988, homenageia pessoas e organizações que lutam pela liberdade de pensamento em todo o mundo. Há três anos, são premiados opositores à Rússia e aliados, em diferentes formatos.

Em 2020, os premiados foram membros da oposição democrática de Belarus, e no ano seguinte, o russo Alexey Navalny, que está preso pelo regime liderado por Vladimir Putin.

 

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