Por Eva Fu
Um policial da cidade de Nova Iorque (NYPD) e um membro da Reserva do Exército dos EUA foram presos sob acusações federais por atuar como agentes especiais do regime chinês.
Baimadajie Angwang, um cidadão americano naturalizado de 33 anos, nascido na região do Tibete na China, forneceu informações sobre outros tibetanos étnicos em Nova Iorque ao consulado chinês na cidade, de acordo com uma denúncia criminal.
Angwang trabalha no Queens e mora no condado de Nassau, Long Island, disseram os promotores. Ele foi preso em 19 de setembro e deve comparecer pela primeira vez no tribunal distrital do Distrito Leste de Nova York às 15h30 da segunda-feira.
O oficial foi acusado de atuar como agente para a China, cometer fraude eletrônica, fazer declarações falsas e obstruir procedimentos oficiais.
Os promotores também alegaram que Angwang ajudou os funcionários do consulado chinês a obter acesso a funcionários graduados do Departamento de Polícia de Nova York.
De acordo com a denúncia, Angwang também trabalha como especialista em assuntos civis na Reserva do Exército, com o posto de sargento-chefe e lotado em Fort Dix, New Jersey. Seu trabalho envolvia planejamento, treinamento e execução de programas cívico-militares, diz o documento. Ele possui uma autorização de segurança de nível “secreto” em conexão com esta posição.
Em um telefonema para um funcionário consular chinês não identificado, a quem ele se referiu como ‘Chefe’, em dezembro de 2018, Angwang se identificou como um ‘trunfo’ para Pequim, dizendo que ‘mesmo se você for negado no final por qualquer motivo, mas pelo menos deixe-os saber, ei, você tem alguém do departamento de polícia aqui agora”, mostram os registros do tribunal.
Ele mantinha comunicações regulares com seus assessores no Consulado da Cidade de Nova Iorque. Ele ligou e mandou uma mensagem de texto para o chefe pelo menos 55 vezes entre junho de 2018 e março de 2020. O chefe o havia convidado para a recepção do consulado “Dia Nacional” para comemorar a fundação do regime chinês sob o governo do Partido Comunista.
Em uma ligação telefônica em 30 de outubro de 2018, o Chefe parabenizou Angwang pela promoção dentro do NYPD, ao qual respondeu que se preparava para um concurso promocional “para o povo de seu país”. “Há muitas pessoas olhando para você”, respondeu o funcionário chinês.
Em 19 de novembro de 2018, Angwang também informou o chefe sobre os próximos eventos da NYPD “para aumentar o poder brando de nosso país”, indicando que a informação poderia ajudar o oficial a avançar em suas fileiras dentro do governo chinês.
“No futuro, depois que você conseguir um posto [sic] em Pequim, esperarei seu convite”, disse ele ao funcionário.
Os promotores observaram que Angwang não notificou o Procurador-Geral dos Estados Unidos sobre suas atividades para o regime chinês. Os agentes governamentais estrangeiros devem se registrar no departamento de justiça de acordo com as leis federais.
O comissário de polícia do NYPD, Dermot Shea, disse que a corregedoria e o escritório de inteligência do departamento trabalharam em estreita colaboração com a divisão de contra-espionagem do FBI para investigar Angwang.
Conforme alegado nesta queixa federal, Baimadajie Angwang violou todos os juramentos que fez neste país. Um para os Estados Unidos, um para o Exército dos Estados Unidos e um terceiro para este Departamento de Polícia”, disse Shea em um comunicado por e-mail.
O procurador dos Estados Unidos para o Distrito Leste de Nova Iorque não respondeu a um pedido de comentário.
Cathy He, uma repórter do Epoch Times, contribuiu para este artigo.
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