Policial de Minnesota é acusado de matar George Floyd não intencionalmente

29/05/2020 17:49 Atualizado: 29/05/2020 17:49

Por EFE

Washington, 29 maio – O policial Derek Chauvin foi acusado formalmente nesta sexta-feira pelo assassinato em terceiro grau e de morte imprudente de George Floyd, homem negro que morreu quatro dias atrás durante uma abordagem, segundo informou o promotor do condado de Hennepin, Mike Freeman.

Segundo a legislação do estado de Minnesota, o assassinato de terceiro grau é aquele em que a morte é causada de maneira não intencional, através de um ato eminentemente perigoso. A pena para o crime é de até 25 anos de prisão.

As acusações foram reveladas pouco depois do anúncio da prisão do agente, que foi filmado na última segunda-feira, enquanto abordava Floyd, que foi considerado suspeito de utilizar uma nota falsa de US$ 20 em um supermercado da região.

Ontem, o mesmo Freeman afirmou que não pretendia acusar o Chauvin, o que intensificou a onda de protestos contra a violência dirigida aos negros, com atos em Minneapolis e, pelo menos, mais nove cidades dos Estados Unidos.

“Somente podemos apresentar acusações, quando temos suficientes provas admissíveis para provar um caso, para além da dúvida razoável”, explicou o promotor, que não descartou incluir outros agentes da polícia de Minneapolis no processo.

Além de Chauvin, outros quatro policiais foram demitidos, como resposta da corporação local, à morte de Floyd.

O agente, que é branco, foi filmado na última segunda-feira, enquanto abordava Floyd, que foi considerado suspeito de utilizar uma nota falsa de US$ 20 em um supermercado da região.

Com o homem já imobilizado, Chauvin começou a pressionar o pescoço dele com um dos joelhos, ato que durou alguns minutos e não foi interrompido mesmo com o Floyd afirmando que não conseguia mais respirar.

Pouco depois, ainda sob custódia, o homem foi declarado morto.

A frase de Floyd “Não consigo respirar” se transformou em um lema dos protestos que estão acontecendo nos últimos dias em Minneapolis, e que já se espalharam por outras cidades do Estados Unidos.

Ontem, a situação se agravou, depois que o promotor do condado de Hennepin disse não ter intenção de formalizar acusações contra o policial.