Por Agência EFE
Centenas de agentes da Polícia Federal protestaram nesta quarta-feira na Cidade do México contra a Guarda Nacional, uma nova corporação de segurança promovida pelo governo mexicano.
A manifestação aconteceu nas instalações do Centro de Comando da Polícia Federal, na demarcação territorial de Iztapalapa, no leste da capital mexicana.
Exaltados, os policiais jogaram garrafas e diversos objetos contra o quartel e na direção de um grupo militar que tentou acalmar os ânimos.
Segundo a imprensa local, entre os agredidos está a delegada da Polícia Federal, Patricia Trujillo, que foi golpeada e ofendida a gritos de “traidora”.
“Estamos aqui para dialogar”, declarou Trujillo, uma das altas comandantes da nova Guarda Nacional, a jornalistas enquanto era escoltada por policiais.
Após alguns caóticos minutos, Trujillo conseguiu falar com os policiais e prometeu um “plano de diálogo” para ouvir “companheiros e companheiras”.
Os policiais em protesto reclamam porque, se tiverem que se incorporar à Guarda – composta por militares, policiais e marinheiros -, poderiam perder um bônus mensal.
Além disso, eles alegam que, com a chegada do novo governo, liderado por Andrés Manuel López Obrador, seus direitos trabalhistas se viram reduzidos.
Os manifestantes também garantiram que os protestos não vão acabar até que consigam conversar com o secretário de Segurança e Proteção Cidadã do governo federal, Alfonso Durazo.
López Obrador se expressou a esse respeito no seu pronunciamento matutino desta quarta-feira assegurando que “não vai despedir ninguém” da Polícia Federal.
A Guarda Nacional, corporação com a qual o governo do México quer enfrentar o grave problema de insegurança do país, começou formalmente suas operações no dia 30 de junho, apesar de milhares dos seus membros já estarem atuando há vários dias interinamente no controle migratório.