Polícia japonesa continua investigando as motivações do assassino de Abe

09/07/2022 15:07 Atualizado: 09/07/2022 15:07

Por Agência EFE

A polícia do Japão continua tentando esclarecer, neste sábado, as motivações do suspeito preso pelo assassinato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, entre os quais o detido citou as alegadas ligações do político com uma organização religiosa.

Tetsuya Yamagami, o ex-militar desempregado preso no mesmo local do atentado contra Abe momentos depois de cometê-lo, disse às autoridades que planejou seu ataque por causa de seu rancor contra “uma organização específica”, segundo a imprensa local.

O agressor mencionou em suas declarações às autoridades problemas familiares decorrentes da filiação da mãe a esta organização, de possível natureza religiosa e com a qual, segundo o suspeito, o ex-primeiro-ministro japonês tinha “uma relação estreita”.

As explicações do detido à polícia que chegaram à imprensa são até agora muito confusas. Isso porque, no dia anterior, Yamagami disse que decidiu matar Abe porque estava “insatisfeito” com o ex-primeiro-ministro, embora “não guardasse rancor contra ele por seus princípios políticos”.

O suspeito de 41 anos atirou nas costas de Abe com uma arma caseira enquanto o político fazia um comício nas ruas de Nara, no oeste do Japão, antes das eleições parlamentares de meio de mandato do país deste domingo.

Yamagami foi inicialmente contido pelos serviços de segurança de Abe e depois detido pela polícia, que em seguida revistou sua casa e encontrou outras armas semelhantes a revólveres e explosivos também fabricados pelo suspeito.

Fontes da investigação também indicaram que o atirador havia planejado o ataque com bastante antecedência, decidindo agir em Nara depois de estudar os atos eleitorais em diferentes cidades, anunciados pelo próprio Abe nas redes sociais, e de praticar tiro ao alvo com munição real.

Yamagami estava desempregado desde o último mês de maio, quando deixou o emprego em uma empresa de manufatura em Kansai (oeste do Japão), e entre 2002 e 2005 fez parte das Forças Marítimas de Autodefesa (Exército japonês), segundo confirmou o Ministério da Defesa.

 

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