Polícia do regime venezuelano diz que líder opositor morreu em acidente de trânsito

Por Agência de Notícias
26/10/2024 17:16 Atualizado: 26/10/2024 17:16

O diretor do Corpo de Investigações Científicas, Criminais e Criminalísticas (CICPC) da Venezuela, Douglas Rico, disse na sexta-feira (25) que Edwin Santos, líder e cofundador do partido Vontade Popular (VP) no estado de Apure, morreu em um acidente de trânsito, e não assassinado, como alegou os opositores do regime de Nicolás Maduro.

Em uma postagem no Instagram, Rico afirmou que o corpo de Santos foi encontrado em uma rodovia, “sem sinais vitais, como resultado de um acidente de trânsito após bater a motocicleta que ele pilotava contra uma árvore”.

Ele também disse que, depois de localizarem o corpo de Santos, funcionários do CICPC ouviram parentes, “que o identificaram e disseram que ele trabalhava na cidade de El Nula (em Apure) e morava na cidade de El Piñal (no estado de Táchira), e contaram que não sabiam de seu paradeiro desde a última quarta-feira”.

“Rejeitamos todas as notícias falsas dadas por alguns veículos de imprensa e porta-vozes, que tentam manipular e informar que o governo nacional poderia estar por trás desse infeliz evento”, acrescentou Rico.

De acordo com ele, o Ministério do Interior ordenou uma “investigação sobre aqueles que estão realizando essas campanhas de desinformação e mentiras”.

Na sexta-feira, o VP denunciou o assassinato de Santos, que teria sido detido, segundo a legenda, por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) na última quarta-feira.

“O Vontade Popular denuncia, de forma responsável e com profundo pesar perante o país e a comunidade internacional, o assassinato de Edwin Santos pelas mãos do regime de (Nicolás) Maduro”, disse o partido em um comunicado.

A legenda alegou que o ativista foi “assassinado depois de ter sido sequestrado por membros das forças de segurança do Estado”, um “fato confirmado por testemunhas”.

O VP garantiu que, até a tarde de quinta-feira, Santos estava na “sede da DGCIM (Direção Geral de Contrainteligência Militar) em Guasdualito”, uma cidade próxima à fronteira com a Colômbia.