As seis pessoas presas pelo assassinato do candidato presidencial equatoriano Fernando Villavicencio são de nacionalidade colombiana, assim como o homem que morreu no local do incidente, confirmaram fontes da polícia do Equador à Agência EFE.
Até o momento, as autoridades revelaram que vários homens, supostamente assassinos de aluguel, estiveram envolvidos no homicídio de Villavicencio. O ministro do Interior, Juan Zapata, os identificou como Andrés M., José L., Adey G., Camilo R., Jules C. e John R.
Além disso, a polícia confirmou que o suspeito do assassinato que foi ferido no fogo cruzado com os seguranças, e que posteriormente morreu em uma ambulância, também é colombiano.
O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia, por sua vez, ainda aguarda informações oficiais sobre o ocorrido, mas esta não é a primeira vez que cidadãos da Colômbia se envolvem em acontecimentos do tipo em outros países, já que mercenários colombianos também foram responsáveis pelo assassinato do presidente haitiano Jovenel Moise.
As autoridades equatorianas não confirmaram se uma das gangues de crime organizado que operam no Equador esteve por trás do ataque mortal, que também deixou pelo menos nove pessoas feridas, incluindo três policiais.
O assassinato de Villavicencio, que prometia combater frontalmente esses grupos e que, nas últimas semanas, havia denunciado ameaças de morte contra ele, chocou o país em plena campanha eleitoral que gira quase exclusivamente em torno da crise de segurança do Equador.
Há pouco mais de dois anos tem sido registrado um aumento do número de homicídios cometidos por assassinos contratados e de massacres perpetrados por grupos armados que o governo associa principalmente ao crime organizado, que ganhou força na região costeira, onde os portos do Equador são utilizados como um importante centro de distribuição de cocaína para Europa e América do Norte.
Villavicencio era um dos oito candidatos presidenciais inscritos nestas eleições extraordinárias, convocadas para 20 de agosto, após o presidente equatoriano, Guillermo Lasso, ter decretado a “morte cruzada”, um mecanismo constitucional com o qual dissolveu a Assembleia Nacional (Parlamento), de maioria oposicionista, quando esta se preparava para votar a sua destituição.
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