Por EFE
A plataforma digital independente “El Toque” denunciou nesta sexta-feira que as autoridades de Cuba impediram seis jornalistas independentes de voar para a Argentina.
Os seis profissionais iriam embarcar no voo AR1327 para Buenos Aires, no aeroporto internacional de Havana na quinta-feira, quando agentes da Emigração os impediram de entrar no avião.
“El Toque” afirmou no Twitter que a decisão foi tomada “sem explicações e sob a discricionariedade permitida pela legislação cubana”, alegando “razões de Defesa, Segurança Nacional e interesse público”.
“O longo braço da repressão tenta quebrá-los pela simples razão de querer exercer o jornalismo livre em uma ditadura”, acrescentou o meio digital, que classificou a decisão como “nova evidência da natureza repressiva” do governo cubano.
Para esta plataforma independente, que denunciou “interrogatórios e chantagens” contra seus jornalistas, a medida representa uma “violação” de “seus direitos mais básicos por motivos políticos”.
Os jornalistas planejavam participar da conferência de inovação jornalística HacksHackers, que acontece de quinta a domingo em Buenos Aires e conta com a participação de profissionais do setor de toda a América Latina.
“O que constituiria uma oportunidade inigualável de aprimoramento e conhecimento para eles, os oficiais de Segurança do Estado – protegidos por funcionários da Imigração – transformaram em um ataque à liberdade e aos direitos dos jovens colegas”, lamentou a plataforma.
“El Toque” é um meio de comunicação independente cubano – em contraste com a mídia oficial – que tem presença na ilha e opera em uma área cinzenta, entre a tolerância ilegal e a repressão.
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