Plano do G-20 contra vírus vai mirar problemas de países mais pobres

Países trabalham com o Conselho de Estabilidade Financeira

31/03/2020 17:53 Atualizado: 31/03/2020 17:53

Por Diário do Poder

Um plano de ação do Grupo das 20 principais economias para combater a pandemia de coronavírus considerará o risco de vulnerabilidades da dívida em países de baixa renda e fornecerá ajuda financeira a países emergentes, informou um comunicado conjunto nesta terça-feira.

Em uma videoconferência, os ministros de Finanças e os banqueiros centrais do G-20 discutiram papéis do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial na oferta de recursos e na exploração de medidas para aliviar a falta de liquidez nos mercados emergentes, onde as economias, como em outros lugares, estão precisando aumentar gastos por causa do efeito de o vírus.

Além disso, os países do G-20 trabalharão com o Conselho de Estabilidade Financeira, criado após a crise financeira de 2008, para coordenar medidas regulatórias e de supervisão tomadas em resposta ao coronavírus.

Os grupos de trabalho devem dar detalhes preliminares do plano antes da próxima reunião do grupo, em 15 de abril.

Os líderes do G-20 se comprometeram na semana passada a injetar mais de 5 trilhões de dólares na economia global para limitar as perdas de emprego e renda com o surto, enquanto trabalham para aliviar as interrupções no fornecimento causadas pelo fechamento de fronteiras com o objetivo de limitar a transmissão do vírus.

Eles também se comprometeram a financiar todas as medidas necessárias para impedir a propagação do vírus e expressaram preocupação com os riscos para os países frágeis, principalmente na África. Eles reconheceram a necessidade de reforçar as redes de segurança financeira.

Além disso, pediram às suas principais autoridades financeiras para coordenar regularmente entre si e com organizações internacionais o desenvolvimento de um plano de ação em resposta à pandemia, que nesta terça-feira havia infectado quase 800 mil pessoas e matado quase 39 mil.

Os ministros do Comércio do G-20 concordaram na segunda-feira em manter seus mercados abertos e garantir o fluxo contínuo de suprimentos médicos, equipamentos e outros bens essenciais.(ABr)