O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou nesta terça-feira que a América Latina precisa de 200 US$ bilhões para enfrentar a crise climática e que, para obter esses recursos, é fundamental reformar o sistema econômico mundial.
“Só na América Latina, para se adaptar às primeiras mudanças da crise climática, precisamos de US$ 200 bilhões, tal é o tamanho da crise e as soluções urgentes que são necessárias”, disse Petro em entrevista coletiva na qual fez um balanço de seus primeiros 100 dias de governo.
“Serão dezenas, centenas de milhões de pessoas que serão vítimas se não conseguirmos adaptar o território à crise climática e, para financiar isso, os recursos dos países já não serão suficientes, será necessária uma reforma do sistema financeiro mundial, da banca multilateral”, ressaltou.
O presidente colombiano lembrou que na semana passada, ao discursar na COP27 em Sharm el Sheikh (Egito), propôs “a troca da dívida dos países por ação climática em todo o mundo”, bem como a reforma do sistema econômico mundial e das instituições financeiras internacionais para poder dispor de recursos destinados a enfrentar a mudança climática.
“A crise climática é agravada pela manutenção do padrão de vida do cidadão médio dos Estados Unidos, da Europa e da China a partir de um consumo muito alto, muito acima da média mundial, de carvão e petróleo”, acrescentou.
Petro, que defende o freio à prospecção e exploração de petróleo no país por razões ambientais e climáticas, destacou que “a Colômbia se tornou a vanguarda nesta proposta” de tomar medidas imediatas para preservar a vida no planeta.
Nesse sentido, comentou que uma das conquistas de seu governo nestes primeiros 100 dias é uma “política pública de proteção da Amazônia” que contempla US$ 200 milhões anuais por um período de 20 anos para fazer “pagamentos a camponeses para proteger a Amazônia e transformá-los em uma força revitalizadora para a selva”.
Além disso, anunciou que uma nova reunião de presidentes da bacia amazônica será convocada no final de janeiro “para apresentar ao mundo a proposta de revitalização da floresta amazônica”.
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