Pesquisa feita pelo instituto de política independente Chatham House e divulgada na quinta-feira passada (9) revelou que, em dez países europeus, 55% das pessoas entrevistadas são favoráveis a que toda a imigração de países de maioria muçulmana seja interrompida, segundo matéria publicada no Estadão. Somente 20% das pessoas ouvidas discordaram da afirmação, enquanto 25% delas nem concordaram nem discordaram.
Somente em dois dos países pesquisados a medida obteve menos de 50% de apoio. Em nenhum desses países, a rejeição à proposta superou um terço dos entrevistados.
Polônia, Hungria, Bélgica e Áustria foram os que mais apoiaram o veto. Entre os países ouvidos pela Chatham House, 71% das pessoas se disseram favoráveis ao veto total a imigrantes de países de maioria muçulmana na Polônia, 65% na Áustria, 53% na Alemanha, 51% na Itália, 47% no Reino Unido e 41% na Espanha. A pesquisa foi feita nos seguintes países: Bélgica, Alemanha, Grécia, Espanha, França, Itália, Áustria, Reino Unido, Hungria e Polônia.
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A rejeição do público à entrada de muçulmanos na União Europeia é muito grande na Áustria, Hungria, Polônia, França e Bélgica. Com exceção da Polônia, os demais países sofreram impacto da imigração em massa de refugiados sírios, com o aumento nos índices de criminalidade e dos casos de estupro – caso dos húngaros, austríacos, alemães e franceses – e de atentados terroristas em número crescente, cometidos em seus países – como franceses e belgas.
A pesquisa ouviu 10 mil pessoas entre dezembro e janeiro.