O governo do Peru declarou nesta quinta-feira (23) uma emergência sanitária de 90 dias em 59 distritos em 13 regiões do país, a fim de “intensificar e acelerar as intervenções de controle” diante de um surto de dengue que representa “um elevado risco” de morte para a população.
O Ministério da Saúde (Minsa) informou que a medida foi oficializada através de um decreto supremo que estabeleceu que as entidades nacionais, regionais e locais participarão nas ações de controle e combate à doença.
As medidas do “plano de ação” foram apresentadas pela Direção de Prevenção e Controle das Doenças Metaxênicas e Zoonoses, com aportes do Comitê Técnico de Dengue do Minsa.
Entre estas estão “a busca ativa de casos febris, cercos epidemiológicos para evitar a propagação de casos, o cuidado de pessoas expostas, (e) o aumento do número de profissionais de saúde para atendimento nas Unidades de Vigilância Clínica (Uviclin)”.
Além disso, para assegurar o diagnóstico com testes serológicos e moleculares, a eliminação de ovos e larvas de mosquitos, a fumigação e a disseminação de medidas de prevenção e controle.
Ao todo, 24 Uviclin e 14 Unidades de Febris (UF) foram reabertas em unidades de saúde e hospitais para assegurar os cuidados e a recuperação dos doentes afetados.
O Centro Nacional de Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (CDC Peru) relatou no seu último relatório técnico que, até agora neste ano, foram detectados 11.585 casos de dengue e 16 mortes no país, 12 delas confirmadas e quatro “sob investigação”.
No mesmo período de 2022, foram notificados 6.741 casos, o que implica “um aumento considerável” durante 2023, comentaram fontes de saúde.
Por esta razão, o governo advertiu que se este surto persistir sem reforço nas intervenções sanitárias “há o risco de que as mortes aumentem e os casos se espalhem por outras regiões e pela Lima Metropolitana”, uma cidade de 10 milhões de habitantes.
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