Por Luke Taylor, especial para o The Epoch Times
CÚCUTA / BOGOTÁ, Colômbia – O vice-presidente Mike Pence, se juntou a líderes regionais de toda a América Latina e Canadá na manhã de 25 de fevereiro, para denunciar o bloqueio da ajuda à Venezuela e anunciar novas sanções contra o líder do regime venezuelano Nicolás Maduro.
A reunião das nações do Grupo de Lima, formado para resolver a crise na Venezuela, foi o primeiro desde a tentativa fracassada de conseguir entregar a ajuda doada pelos Estados Unidos para a Venezuela, que resultou em caminhões de ajuda sendo impedidos de entrar no país e incendiados, conforme amplamente divulgados pelas mídias toda a atuação dos grupos criminosos pró-Maduro.
Cerca de 300 pessoas ficaram feridas no fim de semana, enquanto indivíduos tentavam entregar a ajuda em confronto com a Guarda Nacional da Venezuela e grupos leais a Maduro. Cinco pessoas, incluindo duas que eram indígenas do limite sul da Venezuela com o Brasil, foram mortas.
Depois que Juan Guaidó pediu um minuto de silêncio para as cinco pessoas que perderam suas vidas na iniciativa de ajuda, Pence disse à imprensa internacional e presidentes de toda a América Latina que era “injusto que Maduro tenha impedido centenas de toneladas de ajuda de chegar ao seu país e povo empobrecido” e repetidamente denunciaram que o ditador “dançou enquanto caminhões cheios de ajuda e remédios queimavam”. Guaidó foi reconhecido por Washington e outras nações como o presidente interino legítimo da Venezuela.
“O socialismo está morrendo e a liberdade e a prosperidade estão renascendo diante de nossos olhos”, disse Pence. “Apesar da brutalidade que o mundo presenciou neste fim de semana, um novo dia está chegando à América Latina”.
Ele solicitou que outros membros do Grupo Lima congelassem todos os ativos da petroleira nacional venezuelana PDSVA; transferissem qualquer propriedade de ativos venezuelanos de Maduro para Guaidó e introduzissem restrições de visto a qualquer pessoa no círculo interno de Maduro.
“Nos próximos dias … os Estados Unidos anunciarão sanções ainda mais fortes contra as corruptas redes financeiras do regime”, disse Pence.
Ele também reiterou os apelos do presidente Donald Trump para que os militares venezuelanos desertassem, após mais de 100 soldados que fugiram da Venezuela para a Colômbia no fim de semana baixarem suas armas e pedirem refúgio.
O alto escalão dos Estados Unidos sustenta que a intervenção militar não está fora de questão para resolver a crise venezuelana. Em um tweet em 23 de fevereiro, Guaidó disse que “formalmente levantaria para a comunidade internacional que devemos ter todas as opções em aberto para alcançar a libertação deste país que luta e continuará a lutar”.
Pence também não descartou a intervenção militar, ressaltando que Trump “deixou claro que todas as opções estão na mesa” para buscar o fim do regime.
Alguns países, incluindo o Brasil e o Chile, até agora descartaram a intervenção militar.
No futuro, Pence destinará US$ 56 milhões em assistência humanitária adicional para apoiar a resposta da região à crise. Mais de três milhões de venezuelanos fugiram da escassez generalizada de alimentos e medicamentos e da hiperinflação que tornam inacessíveis até os itens mais básicos, bem como um número crescente de abusos cometidos pelo regime de Maduro.
Pence também disse que a coalizão de apoio à oposição venezuelana continuaria a buscar pontos na América Latina a partir dos quais futuras iniciativas de ajuda à Venezuela poderiam ser lançadas.
O presidente colombiano Ivan Duque, forte aliado regional de Trump e Guaidó, sugeriu que os pontos de entrada pudessem vir da Colômbia, anunciando que seu país continuaria a receber ajuda dos Estados Unidos.