Peña Nieto reconhece que não conseguiu recuperar paz e segurança no México

Peña Nieto apresentou hoje no Palácio Nacional, sede do Executivo, seu último relatório de governo antes de o presidente eleito, o esquerdista Andres Manuel Lopez Obrador, tomar posse em 1º de dezembro

03/09/2018 15:51 Atualizado: 03/09/2018 15:51

Por Agência EFE

O presidente do México, Enrique Peña Nieto, reconheceu nesta segunda-feira (3) que durante o seu mandato não conseguiu recuperar a paz e a segurança de todos os mexicanos, durante a apresentação de seu sexto e último relatório de governo.

“Estou ciente de que não alcançamos a meta de recuperar a paz e a segurança dos mexicanos em todos os cantos do país”, disse Peña Nieto em um ato no Palácio Nacional.

Na mensagem tradicional, o presidente enfatizou que a violência foi combatida com “sistemas de inteligência e o uso legítimo da força”, conseguindo desmantelar grandes grupos criminosos que controlavam parte do país.

Isso levou a uma redução da violência nos primeiros anos, mas depois surgiram grupos criminosos menores “sem que existisse no âmbito local capacidade para enfrentá-los com eficácia”, acrescentou.

Peña Nieto também lamentou que sua proposta de criar uma força policial única nos 32 estados do país não tenha prosperado.

“Continuo convencido de que o fortalecimento das forças policiais locais é indispensável para um autêntico Estado de Direito”, disse.

Por fim, o presidente apontou que, para alcançar a paz, um “desejo compartilhado por todos os mexicanos”, será preciso um “esforço sustentado apoiado por recursos públicos”.

De acordo com os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI), o México fechou 2017 com 31.174 homicídios, o número mais elevado em duas décadas.

Além disso, o presidente mexicano ressaltou que é preciso “banir a corrupção da vida pública” e enalteceu medidas adotadas em seu mandato, que começou em dezembro de 2012, como o Sistema Nacional Anti-Corrupção.

Peña Nieto apresentou hoje no Palácio Nacional, sede do Executivo, seu último relatório de governo antes de o presidente eleito, o esquerdista Andres Manuel Lopez Obrador, tomar posse em 1º de dezembro.