Por EFE
A porta-voz da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, acusou nesta sexta-feira o ex-presidente Donald Trump de “instigar ataques às autoridades policiais” com suas críticas ao FBI após a operação de busca e apreensão em sua casa no estado da Flórida, assim como antes da invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
“Ele está mais uma vez instigando ataques às autoridades policiais”, disse Pelosi em uma entrevista coletiva, quando perguntada se eventos como a tentativa de ataque a uma sede do FBI no estado de Ohio poderiam estar relacionados com as críticas de Trump.
Na manhã de ontem, um homem tentou entrar na sede local do FBI na cidade de Cincinnati, em Ohio, por razões desconhecidas, e mais tarde foi morto pela polícia.
Desde que se soube que na última segunda-feira o FBI revistou a casa de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, em busca de documentos confidenciais sobre armas nucleares que o ex-presidente supostamente tirou da Casa Branca, ele passou a criticar duramente essa agência.
Em pronunciamento feito ontem, o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, contou ter autorizado o mandado de busca na mansão do ex-presidente e pediu a um tribunal da Flórida que divulgasse a operação.
O próprio Trump pediu a revelação do conteúdo dos documentos apreendidos em sua casa em uma operação que ele definiu como uma “perseguição política” na qual o FBI estaria envolvido.
Nesta sexta-feira, Pelosi pediu que não sejam banalizados os documentos encontrados na mansão, porque se seu conteúdo é “o que eles parece ser”, é um assunto “muito grave”.
“Trata-se de nossa segurança nacional, e nossa preocupação é sempre a de protegê-la e defendê-la. Isso significa que não tratamos os documentos com banalidade”, disse Pelosi na coletiva, na qual também garantiu não conhecer o conteúdo dos documentos.
“Não sei mais do que o que é de domínio público”, afirmou.
Mesmo assim, o conteúdo dos documentos provavelmente não será conhecido, pois eles presumivelmente contêm questões de preocupação com a segurança nacional.
“Esperamos saber mais, mas não queremos ver muito mais, porque isso poderia comprometer nossa segurança”, acrescentou ela.
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