Por Agência EFE
O Partido Liberal da Áustria (FPÖ), que governa o país em coalizão com o conservador ÖVP, anunciou nesta terça-feira (9) sua adesão à aliança de direita e dos eurocéticos lançada ontem pelo líder da Liga italiana, Matteo Salvini.
“É claro que os membros da UE (União Europeia) do FPÖ também se unirão de bom grado à aliança de reforma apresentada em Milão por Matteo Salvini após a eleição”, escreveu Harald Vilimsky, cabeça de chapa do FPÖ nas eleições ao Parlamento Europeu convocado para maio, no Twitter.
Junto com a mensagem, Vilimsky publicou uma imagem do documento que oficializa a “intenção” do seu partido de se unir “ao projeto patriótico comum”.
O texto indica que a aliança será estabelecida após as eleições para unir no Parlamento Europeu as “forças conservadoras e patrióticas” que agora estão dispersas em diversos grupos e que querem, entre outras coisas, uma Europa “com menos migração” e maior luta “contra o terrorismo e a islamização”.
Ao apresentar sua iniciativa ontem em Milão, na Itália, Salvini, ministro do Interior e vice-presidente da Itália, afirmou que sua meta é que os partidos de direita sejam a força mais votada no pleito europeu.
Sua campanha começou ontem com membros do Alternativa para a Alemanha (AfD) e do Partido Popular Dinamarquês.
Embora nenhum membro do FPÖ tenha participado do evento, o anúncio de Vilimsky não surpreendeu, uma vez que sua formação já colabora com a Liga italiana na Eurocâmara, onde ambos integram o grupo Europa das Nações e das Liberdades (ENF), junto com o Agrupamento Nacional (AN) da França, de Marine Le Pen, entre outros partidos.
Atualmente, os eurodeputados de direita estão divididos em três grupos parlamentares pois, além do ENF, existem os Conservadores e Reformistas Europeus (GCRE) e a Europa das Liberdades e da Democracia Direta (EFDD).
Fundado depois da II Guerra Mundial, o FPÖ do vice-chanceler da Áustria, Heinz-Christian Strache, é o membro minoritário da coalizão que governa a Áustria desde dezembro de 2017, após aliar-se ao Partido Popular (ÖVP) do chanceler Sebastian Kurz.