O Parlamento da Hungria ratificou nesta segunda-feira (26) a entrada da Suécia na OTAN, eliminando assim o último obstáculo que o país escandinavo enfrentava para se tornar membro de pleno direito da Aliança Atlântica.
A Hungria foi o último país dos 31 membros da Aliança a dar seu sinal verde à integração da Suécia, depois de a Turquia, outro país que também levantou objeções à ampliação, ter dado seu aval no final de janeiro.
A ratificação, transmitida ao vivo no site do Parlamento, foi aprovada com 188 votos a favor e seis contra.
“A entrada da Suécia na OTAN reforça a segurança da Hungria, por isso peço-lhes que apoiem a proposta”, disse o primeiro-ministro húngaro, o ultranacionalista Viktor Orbán, na abertura da sessão parlamentar desta segunda-feira.
Para a sua entrada em vigor, a ratificação exige ainda a assinatura do chefe de Estado, formalidade que deverá ser efetivada desta vez pelo presidente do Parlamento, László Köver, uma vez que a presidente do país, Katalin Novák, apresentou sua renúncia.
O sinal verde húngaro esteve bloqueado durante mais de um ano e meio pelo governo Orbán, que alegou que a confiança entre os dois países tinha sido perdida devido às críticas dos políticos suecos à deriva democrática no país da Europa Central.
Na semana passada, depois de se reunir em Budapeste com seu homólogo sueco, Olf Kristersson, Orbán anunciou que o Parlamento tomaria nesta segunda-feira as decisões necessárias para “fechar uma etapa”, uma vez que a confiança está sendo recuperada entre ambas as partes.
Após essa reunião, Orbán e Kristersson explicaram à imprensa que a Hungria comprará mais quatro caças Gripen de fabricação sueca, que se juntarão aos 14 que vem recebendo em regime de aluguel desde 2006.
Após a invasão russa da Ucrânia, há dois anos, a Suécia e a Finlândia decidiram abandonar a sua neutralidade e pediram para aderir à OTAN.
A Hungria e a Turquia ratificaram a adesão da Finlândia em março de 2023, mas haviam deixado a Suécia à espera até agora.