A oposição democrática da Venezuela, representada pelos líderes do movimento Edmundo González Urrutia e María Corina Machado, venceu nesta quinta-feira (24) o Prêmio Sakharov de Liberdade de Consciência, atribuído todos os anos pelo Parlamento Europeu a uma contribuição excecional no âmbito dos direitos humanos.
González Urrutia e Machado obtiveram o apoio da maioria dos chefes dos grupos políticos do Parlamento Europeu reunidos a portas fechadas em Estrasburgo, na França, segundo confirmaram fontes parlamentares à Agência EFE.
No anúncio feito posteriormente perante a Eurocâmara, a presidente do Parlamento, Roberta Metsola, declarou que Machado e González Urrutia representam todos os venezuelanos dentro e fora do país que “lutam para restaurar a liberdade e a democracia face à injustiça”.
“Eles lutam por uma transição de poder livre, justa e pacífica e defenderam destemidamente os valores de milhões de venezuelanos e deste Parlamento Europeu: a justiça, a democracia e o Estado de direito. Confiamos que a Venezuela e a democracia prevalecerão”, disse Metsola.
Esta é a segunda vez que a oposição venezuelana ganha este prêmio depois de a Assembleia Nacional presidida por Julio Borges e os presos políticos o terem conquistado em 2017. Além disso, no último mês de setembro, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução simbólica para reconhecer González Urrutia como o legítimo presidente eleito da Venezuela.
Na edição deste ano, foram finalistas duas iniciativas de mulheres palestinas e israelenses a favor da paz na região, que foi a candidatura da bancada dos social-democratas e do liberais, e de uma ativista do Azerbaijão contra a corrupção, nomeada pelos verdes.
A cerimônia de entrega do Prêmio Sakharov será realizada no dia 18 de dezembro, em Estrasburgo, em um evento solene na Câmara do Parlamento Europeu.
