Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.
Parlamentares bipartidários de um comitê da Câmara solicitaram uma avaliação do governo federal para determinar se a Rússia compartilhou informações sobre as capacidades das armas dos EUA usadas na Ucrânia com o Partido Comunista Chinês (PCCh).
Em uma carta datada de 15 de julho ao conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan, os deputados John Moolenaar (R-Mich.) e Raja Krishnamoorthi (D-Ill.), presidente e membro graduado do Comitê Seleto da Câmara sobre o PCCh, expressaram preocupações sobre a capacidade da Rússia de minar e perturbar os avançados sistemas de armas de precisão dos EUA implantados na Ucrânia e compartilhar essas informações com Pequim.
“Não devemos esperar que adversários estrangeiros, como a RPC [República Popular da China], ‘estejam apoiando a Rússia de graça’”, escreveram os legisladores. “Em vez disso, devemos antecipar e, de fato, operar sob a suposição de que a Rússia está passando informações sobre vulnerabilidades ou contramedidas dos sistemas de armas dos EUA e de aliados para a RPC, em apoio à sua parceria ‘sem limites’.”
Os parlamentares citaram relatórios da mídia e de think tanks sobre os “níveis alarmantes de adaptação russa que minaram a eficácia de vários sistemas de armas dos EUA”.
Os relatórios levantam “questões importantes sobre a capacidade da base militar e industrial dos EUA de ‘contra-inovar’ para superar ou se adaptar a essas táticas russas e sua potencial proliferação para outros adversários em outros teatros de operação”, diz a carta.
“Inovação Russa no campo de batalha provavelmente vai proliferar para a China”
Os líderes do comitê solicitaram que o Sr. Sullivan avaliasse a “capacidade da Rússia de mitigar ou contrapor os sistemas de armas dos EUA na Ucrânia” e o grau de “lições aprendidas” com a inovação no campo de batalha dos sistemas de armas dos EUA que Moscou compartilhou com Pequim.
Os legisladores também estão buscando informações sobre os esforços do exército chinês para aplicar essas lições ou espelhar as inovações militares russas.
A carta solicitou que o Sr. Sullivan fornecesse ao comitê os planos da Casa Branca “para garantir a futura eficácia dos sistemas de armas americanos contra a Rússia e a RPC”.
“Devemos estar conscientes de que a inovação russa no campo de batalha provavelmente se proliferará para a RPC e outros adversários — e nos adaptarmos adequadamente”, observaram os parlamentares.
O PCCh tem apoiado ativamente Moscou desde o início da invasão russa da Ucrânia, enquanto o Kremlin enfrentava múltiplas sanções do Ocidente.
Os parlamentares disseram que Pequim “tem fornecido à Rússia grandes quantidades de microeletrônica, equipamentos de uso dual, imagens e outras ferramentas para apoiar sua máquina de guerra, além de ajudar a melhorar as capacidades de satélites e outras capacidades baseadas no espaço”.
Em abril, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, criticou a China por apoiar a indústria de defesa da Rússia. Ele disse que Pequim era o principal contribuinte, fornecendo a Moscou recursos que “ajudaram a Rússia a reconstruir sua base industrial de defesa que as sanções e controles de exportação tanto haviam degradado”.
Na semana passada, a OTAN condenou o PCCh durante a cúpula da aliança em Washington, chamando o regime de “facilitador decisivo” da guerra da Rússia contra a Ucrânia.
A OTAN também pediu a Pequim que interrompesse seu apoio ao esforço de guerra de Moscou na Ucrânia, incluindo “a transferência de materiais de uso dual, como componentes de armas, equipamentos e matérias-primas que servem como insumos para o setor de defesa da Rússia”.
“A RPC não pode facilitar a maior guerra na Europa em tempos recentes sem que isso impacte negativamente seus interesses e reputação”, afirma a Declaração da Cúpula de Washington da OTAN.
Os Estados Unidos são o maior apoiador da Ucrânia e forneceram mais de US$ 50 bilhões em ajuda militar desde 2022, quando a invasão russa começou. O Congresso aprovou US$ 175 bilhões em ajuda para a Ucrânia.
Em 11 de julho, Washington anunciou um novo pacote de segurança para a Ucrânia no valor de US$ 225 milhões, que inclui uma bateria de mísseis Patriot e munição adicional para sistemas de foguetes de artilharia de alta mobilidade e mísseis.
No mês passado, Washington anunciou sanções contra mais de 300 entidades de vários países, incluindo a China, por supostamente apoiarem o esforço de guerra de Moscou na Ucrânia.
O Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca não respondeu até o momento da publicação a um pedido de comentário do Epoch Times.
A Reuters contribuiu para esta notícia.