Parlamentares do Partido Popular (PP) da Espanha que viajaram à Venezuela por ocasião das eleições presidenciais de domingo no país sul-americano ficaram retidos no aeroporto de Caracas e depois foram expulsos do país sul-americano, informaram na sexta-feira (26) fontes da legenda à Agência EFE.
Os políticos, que haviam sido convidados pela oposição venezuelana, não tiveram permissão para entrar na Venezuela e foram “expulsos do país em outro avião”, acrescentaram as fontes, que também disseram que a razão para que eles não fossem aceitos foi terem votado em uma série de resoluções no Parlamento Europeu.
O presidente do PP, Alberto Núñez Feijóo, já havia informado hoje na rede social X (ex-Twitter) que o grupo de parlamentares estava retido no aeroporto de Caracas.
Fontes do partido afirmaram que “as autoridades locais comunicaram que eles estão proibidos de entrar no país e que serão deportados”.
O líder do PP exigiu a “libertação imediata” dos membros da legenda e que o governo espanhol forneça os meios necessários para esse fim.
“Acabo de ser informado que a delegação do PP, composta por dez deputados, senadores e eurodeputados, está sendo retida no aeroporto de Caracas pelo regime do (presidente Nicolás) Maduro”, relatou Feijóo no X.
Em outra mensagem, o presidente do PP disse que estava em contato com a líder opositora venezuelana María Corina Machado.
Feijóo acrescentou que os democratas venezuelanos “apreciam o fato de estarmos ao seu lado, apesar das ameaças, para expor a tirania de Maduro ao mundo”.
“É o regime que está com medo: eles sabem que o espírito democrático do povo venezuelano é imparável”, acrescentou.
Parlamentares, deputados e senadores do PP viajaram à Venezuela para observar as eleições presidenciais deste domingo, que terão como principais candidatos Maduro e o ex-embaixador Edmundo González Urrutia, representante da maior plataforma de oposição.
O eurodeputado Esteban González Pons e o porta-voz do PP no Congresso, Miguel Tellado, viajaram para Caracas nesta sexta-feira, liderando uma delegação composta por Macarena Montesinos, Cayetana Álvarez de Toledo e Belén Hoyo, a convite de Urrutia e Machado.
Ambos também convidaram o Comitê de Assuntos Ibero-Americanos do Senado espanhol para participar das eleições, uma iniciativa que tem o apoio da mesa da Casa e que foi inicialmente apoiada por todos os grupos. No final, apenas o presidente do comitê, Juanjo Matarí, do PP, e o porta-voz designado pelo Grupo Popular, Alfonso Serrano, se uniram à delegação.