Paris convoca embaixador russo para condenar ataques na Ucrânia e contra a França

Por Agência de Notícias
05/02/2024 16:53 Atualizado: 05/02/2024 16:53

As autoridades francesas convocaram nesta segunda-feira o embaixador russo em Paris, Alexey Meskhov, para manifestar sua condenação pelos bombardeios na Ucrânia em que morreram dois trabalhadores humanitários franceses na semana passada, assim como pelos ataques contra a França no terreno da informação.

Fontes diplomáticas francesas explicaram à Agência EFE que Meskhov, à frente da embaixada russa desde outubro de 2017, foi convocado à sede do Ministério das Relações Exteriores francês.

O primeiro objetivo é condenar os ataques que na última quinta-feira causaram a morte de dois trabalhadores humanitários franceses e nos quais outros três ficaram feridos nos arredores da cidade de Berilsav, na região de Kherson.

A Procuradoria Antiterrorista francesa abriu uma investigação sobre esta ação, que, segundo a imprensa francesa, foi realizada com drones.

O presidente francês, Emmanuel Macron, denunciou o que chamou de “um ato covarde e ultrajante”, enquanto seu ministro das Relações Exteriores, Stéphane Sejourné, advertiu que “a Rússia terá de responder pelos seus crimes”.

O chefe da legação diplomática russa na França também será confrontado pelas ações de desinformação empreendidas por Moscou.

Isto inclui, em particular, alegações sobre a presença de mercenários franceses na Ucrânia ou as alegações de Moscou de que obuses de fabricação francesa foram utilizados em ataques ucranianos contra a cidade russa de Belgorod.

O Ministério da Defesa russo garantiu que na noite de 16 para 17 de janeiro um bombardeio em Kharkiv matou mais de 50 combatentes, a maioria deles “mercenários franceses”. Alguns sites ligados ao governo russo chegaram a publicar listas de nomes.

Logo depois, o embaixador francês em Moscou foi convocado para ser censurado pelo “crescente envolvimento de Paris no conflito na Ucrânia”.

Já Mechkov foi convocado anteriormente pela chancelaria francesa por outros incidentes relacionados com a guerra na Ucrânia desde o início do conflito, em fevereiro de 2022.