Ativistas e alguns familiares dos reféns do Hamas na Faixa de Gaza invadiram nesta quarta-feira a galeria de convidados do Knesset (Parlamento israelense) como forma de protesto e jogaram tinta amarela – cor que representa as pessoas ainda mantidas em cativeiro no enclave palestino – contra os vidros das janelas.
As forças de segurança do Knesset chegaram rapidamente para impedir que os manifestantes continuassem com o seu protesto, o que desencadeou uma grande confusão e algumas pequenas brigas.
Nas imagens, publicadas pelo próprio Knesset em sua conta na rede social X, também é possível ver como parte da oposição ao governo de Benjamin Netanyahu levanta os braços em demonstração de apoio ao protesto.
Não é a primeira vez que os familiares dos reféns vão ao Parlamento, mas dessa vez a situação foi especialmente tensa porque o governo israelense ainda não fechou um acordo com o Hamas para libertar as 130 pessoas raptadas após quase seis meses de guerra.
A raiva e a agitação também foram transferidas para as ruas, com manifestações massivas tanto em Tel Aviv como em Jerusalém, onde no domingo cerca de 100 mil pessoas inundaram as ruas e organizaram um acampamento em frente ao Parlamento para exigir a renúncia do governo e eleições antecipadas.
Trata-se do protesto mais massivo contra o governo desde 7 de outubro do ano passado. Ontem à noite, no terceiro dia da manifestação antigovernamental, os manifestantes tentaram romper as barricadas policiais para chegar à residência de Netanyahu.
A Polícia de Israel descreveu a tentativa destes participantes como um “motim desenfreado”. No total, cinco pessoas foram presas e já liberadas.
Um policial foi internado no hospital devido a um ferimento sofrido quando um manifestante jogou uma cerca contra ele, segundo o jornal israelense “Times of Israel”.