Papa Francisco alerta que ainda há risco de guerra nuclear

10/09/2022 12:51 Atualizado: 10/09/2022 12:51

Por EFE

O papa Francisco alertou neste sábado que ainda existe o risco de uma guerra nuclear e pediu aos cientistas do mundo que se unam em uma vontade comum de desarmamento e em uma força pela paz, ao receber em uma audiência representantes da Pontifícia Academia das Ciências.

“Os riscos para as pessoas e para o planeta estão aumentando. São João Paulo II deu graças a Deus porque, por intercessão de Maria, o mundo foi salvo da guerra atômica. Infelizmente, devemos continuar orando por esse perigo, que deveria ter sido evitado há muito tempo”, disse Francisco.

“Depois das duas trágicas guerras mundiais, (…) a história mostra sinais de retrocesso. Não apenas se intensificam os conflitos anacrônicos, mas ressurgem nacionalismos fechados, exagerados e agressivos e novas guerras de dominação, afetando civis, idosos, crianças e doentes, e causam destruição em todos os lugares. Os numerosos conflitos armados são muito preocupantes. Eu disse que era uma terceira guerra mundial ’em pedaços’, hoje podemos dizer ‘total'”, acrescentou.

Em seu encontro com os participantes da sessão plenária da instituição científica fundada pela Igreja em 1603, Francisco destacou que “é necessário mobilizar todo o conhecimento baseado na ciência e na experiência para superar a miséria, a pobreza, a nova escravidão e evitar as guerras.

“Ao rechaçar certas pesquisas, inevitavelmente destinadas, em circunstâncias históricas concretas, a fins mortais, cientistas de todo o mundo podem se unir em uma vontade comum de desarmar a ciência e formar uma força pela paz”, declarou.

“Em nome de Deus, que criou todos os seres humanos para um destino comum de felicidade, somos chamados hoje a dar testemunho de nossa essência fraterna de liberdade, justiça, diálogo, encontro mútuo, amor e paz, evitando alimentar o ódio, o ressentimento, a divisão, a violência e a guerra”, acrescentou o papa.

E completou: “Em nome do Deus que nos deu o planeta para protegê-lo e desenvolvê-lo, hoje somos chamados à conversão ecológica para salvar nossa casa comum e nossas vidas junto com as das gerações futuras, em vez de aumentar a desigualdade, a exploração e destruição”.

O pontífice reiterou que as descobertas científicas do século XXI devem estar a serviço da sociedade e “sempre guiar-se pelas exigências da fraternidade, justiça e paz, ajudando a resolver os grandes desafios que a humanidade e seu habitat enfrentam”.

Além disso, elogiou a Academia por “compartilhar os benefícios da ciência e tecnologia com o maior número de pessoas, especialmente os mais necessitados e desfavorecidos” e “ter como objetivo a libertação de várias formas de escravidão, como o trabalho forçado, a prostituição e o tráfico de órgãos, crimes contra humanidade que andam de mãos dadas com a pobreza e também ocorrem em países desenvolvidos, em nossas cidades”.

“O corpo humano nunca pode ser, em parte ou em sua totalidade, objeto de comércio”, ressaltou Francisco.

 

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