Alguns integrantes do G7 cogitam designar a Guarda Revolucionária do Irã como um grupo terrorista, em resposta ao ataque iraniano a Israel na noite de sábado, disse um funcionário de alto cargo dos Estados Unidos a repórteres neste domingo.
De acordo com a fonte, a designação da Guarda Revolucionária como grupo terrorista foi discutida durante a reunião deste domingo dos líderes do G7, e a possibilidade de impor mais sanções a Teerã também foi discutida.
Essas questões, de acordo com o funcionário, foram discutidas durante a reunião “em alguns detalhes”.
A possibilidade de impor sanções ou designar a Guarda Revolucionária como um grupo terrorista não aparece no comunicado conjunto emitido no final da reunião pelos líderes de Itália, Alemanha, Reino Unido, Estados Unidos, Japão, França e Canadá, além dos líderes da União Europeia (UE).
Na declaração conjunta, os países do G7 “condenaram energicamente” o ataque iraniano a Israel, país ao qual demonstraram “total apoio”, e advertiram o Irã de que “tomarão medidas adicionais agora” se continuar com suas “iniciativas desestabilizadoras” no Oriente Médio.
A Guarda Revolucionária é um ramo das Forças Armadas do Irã criado após a Revolução Islâmica de 1979.
Alguns países já designaram a Guarda Revolucionária ou algumas de suas unidades como organizações terroristas.
Os Estados Unidos designaram a Força Quds da Guarda Revolucionária como um grupo terrorista em 2007 e, em 2019, sob o governo de Donald Trump (2017-2021), a própria Guarda Revolucionária foi colocada na lista de grupos terroristas.
O Canadá sancionou vários membros da Guarda Revolucionária no passado, e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, disse em janeiro deste ano que seu governo estava considerando maneiras de incluir a entidade em sua lista de organizações terroristas.