Pais são incentivados a monitorar crianças em meio a crescentes preocupações com extorsão sexual

A AFP recomenda: interrompa o chat, faça capturas de tela, bloqueie e denuncie a conta e busque suporte de pessoas ou profissionais de confiança.

Por Naziya Alvi Rahman
06/09/2024 17:52 Atualizado: 06/09/2024 17:52
Matéria traduzida e adaptada do inglês, publicada pela matriz americana do Epoch Times.

Pais e responsáveis por jovens adultos foram alertados pela Polícia Federal Australiana (AFP) para monitorar de perto seus filhos devido a uma preocupante tendência online em que jovens vítimas estão sendo coagidas a produzir conteúdo sexual e violência extrema.

Em um comunicado emitido em 6 de setembro, a AFP informou que a “sextorsão sádica” é um crime online crescente que está tendo como alvo crianças a partir de 12 anos em plataformas de redes sociais e mensagens. Esses grupos “coagem as vítimas a produzir material explícito para ganhar aceitação em comunidades online extremas.”

O alerta foi emitido dois dias após o Centro Australiano para Combater a Exploração Infantil (ACCCE), liderado pela AFP, divulgar dados que revelaram 560 casos de sextorsão nos primeiros seis meses de 2024. Isso equivale a uma média de 93 relatos por mês, uma redução em relação aos 300 casos por mês registrados em 2023.

Helen Schneider, comandante da AFP na área de Exploração Humana e do ACCCE, destacou a importância da comunicação aberta. Caso os pais suspeitem que seus filhos estão envolvidos em atividades prejudiciais online, ela recomenda conversar para entender a situação e oferecer apoio adequado.

“Os sinais de que crianças podem estar envolvidas em atividades prejudiciais online incluem aumento do tempo de tela em computadores ou telefones, isolamento de amigos e familiares ou comportamento secreto sobre com quem estão interagindo online”, afirmou Schneider.

“Se uma criança for ou tiver sido vítima de sextorsão online, tranquilize-a de que não é culpa dela e denuncie o caso às autoridades policiais.”

Em seu comunicado, a AFP sugeriu seguir estes passos para prevenir mais danos: interrompa a conversa, tire capturas de tela das mensagens e do perfil, bloqueie a conta e denuncie à plataforma.

Além disso, procure apoio de amigos de confiança, familiares ou serviços profissionais de apoio, e considere buscar suporte para saúde mental, como o oferecido pela Kids Helpline, que oferece sessões de aconselhamento gratuitas e confidenciais.

É fundamental denunciar o crime ao Conselho Tutelar.

O comunicado também alerta contra o envio de mais imagens ou pagamentos, pois isso provavelmente resultará em novas exigências. As vítimas são aconselhadas a não responder às demandas, evitar continuar a comunicação com os agressores e lembrar que não estão sozinhas.

Se houver qualquer preocupação com a segurança, deve-se discar o 190 ou contatar a delegacia local.

A AFP afirmou que muitos criminosos operam sob vários nomes e pseudônimos em plataformas de redes sociais ou de mensagens, formando redes globais.

“Para ganhar acesso à maioria desses grupos, os membros em potencial são coagidos pelos integrantes a produzir ou transmitir conteúdo explícito ao vivo”, disse a AFP.

Às vezes, os agressores podem ser tão jovens quanto as vítimas que visam, inicialmente formando relacionamentos online antes de encorajá-las a produzir imagens ou vídeos explícitos.

“O agressor então compartilha o conteúdo com outros membros do grupo online, que tentarão extorquir a vítima ameaçando divulgar o material para sua família ou amigos, a menos que a vítima produza mais vídeos e conteúdo extremo”, acrescentou.