Outrora uma das nações mais ricas da América Latina, Venezuela continua a se desintegrar

Região enfrenta uma das piores e crescentes crises de refugiados em sua história, diz ONU

10/05/2018 11:04 Atualizado: 11/05/2018 15:30

Por Emel Akan, Epoch Times

Milhares de venezuelanos fogem de seu país todos os dias, em meio a uma profunda crise política e econômica. O aumento da fome e da violência está forçando emigrantes desesperados a entrarem nos países vizinhos, incrementando a pior crise humanitária na região.

Outrora um dos países mais rico da América Latina, a Venezuela, rica em petróleo, já recebeu milhares de refugiados. Agora, sua economia entrou em colapso de uma forma surpreendente, sob o impacto de anos de políticas socialistas fracassadas.

O número de venezuelanos forçados a deixar suas casas acelerou nos últimos meses, chegando a cinco mil por dia, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR). Até agora, estima-se que 1,5 milhão de venezuelanos tenham deixado o país devido à pobreza, insegurança, violência e falta de comida e medicamentos. A vizinha Colômbia é o país mais afetado pelo crescente afluxo de imigrantes.

Desde 2014, o número de venezuelanos que buscam asilo em todo o mundo aumentou em 2.000%, segundo o ACNUR. Centenas de milhares de venezuelanos não têm documentação legal ou permissão para permanecer nos países de asilo, onde são vulneráveis ​​à exploração, tráfico, violência, abuso sexual, discriminação e xenofobia.

Quase 170 mil venezuelanos apresentaram pedidos de refúgio no mundo todo, enquanto mais de 500 mil encontraram outras formas de proteção ou meios legais de permanecer no exterior.

A região está enfrentando uma das situações de deslocamento populacional que mais crescem em sua história, escreveu o porta-voz do ACNUR, Aikaterini Kitidi, num e-mail.

“Os governos das Américas mostraram solidariedade e foram generosos em sua resposta aos venezuelanos que chegam a seus países”, afirmou. “No entanto, mais apoio da comunidade internacional é necessário para suprir as crescentes necessidades.”

O país está experimentando a pior recessão econômica da sua história, com sua economia encolhida pela metade desde 2013. A inflação deverá atingir 13.865% neste ano, de acordo com a última previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O medidor da Bloomberg sugere uma inflação muito superior à estimativa do FMI. De acordo com o Índice Venezuelano Café Con Leche da Bloomberg, o preço de uma xícara de café aumentou de 5.500 bolívares para 250 mil bolívares nos últimos seis meses.

O aprofundamento da crise econômica na Venezuela levou à extrema pobreza e fome. A mortalidade infantil do país aumentou 30% no ano passado e sua taxa de mortalidade materna disparou 65%.

O presidente venezuelano Nicolás Maduro, no entanto, afirma que não há crise humanitária.

O vice-presidente norte-americano Mike Pence, falando na reunião da Organização dos Estados Americanos em 7 de maio, acusou Maduro de bloquear a assistência humanitária à Venezuela. Pence pediu que ele abrisse seu país para a ajuda internacional imediatamente.

“Quase 9 em cada 10 venezuelanos vivem numa pobreza esmagadora”, disse Pence.

Os Estados Unidos estão fornecendo US$ 2,5 milhões em ajuda para os venezuelanos que vivem na Colômbia e destinam US$ 16 milhões adicionais para imigrantes venezuelanos em toda a região.

Pence também pediu à Venezuela que suspenda sua eleição presidencial no final deste mês.

“As chamadas eleições na Venezuela, marcadas para 20 de maio, não serão mais do que uma fraude e uma farsa”, disse Pence. “Será uma eleição falsa, com um resultado falso.”

Trump repetidamente chamou o socialismo e o comunismo de ideologias fracassadas e, apesar de ter as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo, a Venezuela é o mais recente exemplo do desastre do socialismo. Dois governantes socialistas consecutivos levaram a nação à beira do colapso.