Por Agência EFE
O jornalista mexicano Ricardo Domínguez López foi morto a tiros nesta quinta-feira no município de Guaymas, no estado de Sonora, ao norte, e se tornou o segundo comunicador a ser baleado em menos de uma semana no país.
De acordo com informações preliminares, o comunicador foi morto às 17h00 locais (22h00 GMT) no estacionamento de um supermercado localizado no norte de Guaymas, justamente no dia em que completou 47 anos.
Domínguez López era o dono e diretor do portal InfoGuaymas e, segundo a mídia local, em março passado havia denunciado ameaças contra ele após o desaparecimento do colega jornalista Felipe Romero Chávez, cujo paradeiro é desconhecido.
O Ministério Público Estadual de Sonora detalhou em sua conta oficial no Twitter que, após o assassinato, acionou o Código Vermelho para localizar os autores do crime, além de informar a Promotoria Especial de Atenção aos Crimes Contra a Liberdade de Expressão (FEADLE) por ser o assassinato de um comunicador.
Este é o segundo crime contra um jornalista em menos de uma semana, depois que Abraham Mendoza foi assassinado na segunda-feira após sair de uma academia na cidade de Morelia, no estado de Michoacán.
O México é um dos países mais violentos do mundo para o sindicato jornalístico e todos os anos acontecem inúmeros assassinatos, ataques e intimidações contra a imprensa por parte do crime organizado e das autoridades.
Na semana passada, o Ministério do Interior afirmou que, de acordo com dados do Mecanismo de Proteção a Defensores de Direitos Humanos e Jornalistas, de dezembro de 2018 até hoje, foram assassinados 43 jornalistas.
De acordo com o Artigo 19 da organização, pelo menos 139 jornalistas foram assassinados no México desde 2000 por seu trabalho de informação.
Do total, 21 deles, se somarmos o crime desta quinta-feira em Sonora, ocorreram durante a gestão do presidente Andrés Manuel López Obrador, que assumiu o cargo em dezembro de 2018.
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