O mercado argentino registrou uma reação positiva nesta quarta-feira (6), com os títulos do país em dólar subindo e o índice de risco-país em queda.
Os investidores estão otimistas com a possibilidade de uma parceria estratégica entre o presidente argentino, Javier Milei, e o recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Ambos compartilham visões econômicas semelhantes, como a redução de gastos públicos e a adoção de políticas mais favoráveis ao mercado.
Logo no início do dia, os títulos da dívida da Argentina se valorizaram, enquanto o risco-país — que mede a diferença entre os juros cobrados para investir na dívida argentina e na dos EUA — caiu para menos de 880 pontos, o menor nível em cinco anos.
Esse movimento é visto como um sinal de confiança por parte dos investidores, que aguardam os desdobramentos dessa possível aliança.
A expectativa é que a aproximação entre Trump e Milei traga benefícios para a economia argentina. Conhecido por seu estilo irreverente e pelo foco em austeridade fiscal, Milei tem estreitado laços não apenas com Trump, mas também com outras figuras influentes, como Elon Musk.
Essa relação pode facilitar as negociações sobre o empréstimo de 44 bilhões de dólares que a Argentina possui com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Como os Estados Unidos exercem grande influência sobre o FMI, muitos acreditam que uma renegociação das condições do empréstimo será discutida no próximo ano, trazendo possíveis vantagens para o país sul-americano.
Milei celebrou a vitória de Trump nas redes sociais. Ele classificou a eleição como uma “vitória eleitoral formidável”.
“@realDonaldTrump, parabéns pela sua formidável vitória eleitoral.
Agora, Faça a América Grande Novamente. Você sabe que pode contar com a Argentina para cumprir sua tarefa. Sucesso e bênçãos”, disse o presidente argentino no X.
Ele também compartilhou em seu perfil mensagens de aliados sobre a relação da Argentina com os Estados Unidos.
“Os Estados Unidos são um aliado-chave para a Argentina. A vitória de Trump é uma grande notícia para o país”, escreveu Demien Reidel, chefe do Conselho de Assessores do governo argentino.