O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, negou nesta quarta-feira que uma possível conquista da cidade de Bakhmut, na Ucrânia, pelo exército russo nos próximos dias, represente uma virada na invasão da antiga república soviética.
“Não podemos descartar que Bakhmut, no fim, possa sair nos próximos dias. Contudo, também é importante destacar que isso não reflete, necessariamente, um ponto de inflexão da guerra, e só destaca que não devemos subestimar a Rússia”, disse o norueguês, ao chegar na reunião de ministros da Defesa dos países que integram a União Europeia, realizada em Estocolmo, na Suécia.
Stoltenberg destacou que, nos últimos meses e semanas, foram vistos “combates ferozes em Bakhmut e arredores”.
Além disso, o secretário-geral da OTAN garantiu que a Rússia está mobilizando mais militares, e que a Moscou “falta em qualidade, por isso, tenta suprir com quantidade”.
O norueguês ainda mencionou “as grandes perdas” do Kremlin.
Stoltenberg afirmou que deve seguir sendo oferecido apoio para Kiev e que os aliados da OTAN deram à Ucrânia durante o último ano respaldo militar, econômico e financeiro no valor de 150 bilhões de euros (R$ 823,8 milhões).
O secretário-geral ainda se referiu “à importância de aumentar a produção de munição” que Kiev precisa para seguir se defendendo da invasão russa e que os países aliados estão oferecendo, o que está diminuindo os níveis de suas reservas.
Stoltenberg ainda garantiu que a OTAN prevê entrar em acordo por “novas diretrizes, novos requisitos para as reservas de munição”, para garantir que os países da aliança possam repor suas próprias reservas e também seguir apoiando a Ucrânia.
O norueguês lembrou que os membros da organização já firmaram contratos com a indústria de defesa “que permitiram aumentar a produção”.
“Isso é bom, é algo que me deixa feliz, mas há uma enorme demanda lá fora. A taxa atual de consumo, comparada com a taxa atual de produção de munição, não é sustentável. Dessa forma, precisamos aumentar a produção”, completou.
Stoltenberg reconheceu ainda que o conflito da Ucrânia é agora “uma guerra de desgaste”, assim como “uma batalha de logística”.
“Trata-se de conseguir os suprimentos, a munição, o combustível, para o front e para os soldados”, disseram.
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