O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, fez nesta quarta-feira um apelo por “calma”, após as ameaças do presidente da Rússia, Vladimir Putin, de voltar todo arsenal do país contra a Ucrânia, e garantiu que o chefe de Estado sabe que uma guerra nuclear não tem vencedores.
“O discurso é uma escalada, mas não é uma surpresa. Nos preparamos para isso, manteremos a calma e seguiremos dando apoio à Ucrânia”, disse o político norueguês, em seminário organizado pela agência de notícias “Reuters”, em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Para Stoltenberg, o pronunciamento feito hoje pela manhã, “demostra que a guerra não está indo de acordo com os planos do presidente Putin”.
O secretário-geral da Otan completou, dizendo que o chefe de Estado “cometeu um grande erro de cálculo: ele pensou que conseguiria tomar o controle da Ucrânia em poucos dias”.
Ao invés disso, Putin, segundo Stoltenberg, “foi forçado a abandonar o norte da Ucrânia, as áreas ao redor de Kiev, e depois lançou uma grande ofensiva no Donbas, no leste, que foi neutralizada pelas forças ucranianas”.
“Na verdade, os ucranianos conseguiram liberar o território. Portanto, a conversa sobre a mobilização parcial das Forças Armadas russas mostra apenas que elas calcularam mal, cometeram um grande erro, um erro estratégico, e é por isso que agora precisam que fazer isso”, disse ele.
Para a OTAN, contudo, as palavras de Putin são “retórica nuclear perigosa e imprudente”.
“Não é novidade, como ele já fez muitas vezes antes”, disse Stoltenberg.
O secretário-geral da Otan deixou claro que Putin “sabe muito bem que uma guerra nuclear nunca deve ser travada e não pode ser vencida”, e que “ela terá consequências sem precedentes para a Rússia”.
Por isso, Stoltenberg assegurou que a Otan “aumentou a presença, especialmente, na parte leste da Aliança, também para eliminar qualquer margem de erro de cálculo ou mal-entendido em Moscou”.
“Estamos comunicando muito claramente que estamos observando de muito perto o que a Rússia está fazendo. Até agora não vimos nenhuma mudança na postura nuclear, na prontidão nuclear, mas estamos acompanhando-a de muito perto e permanecemos vigilantes”, afirmou.
Stoltenberg disse que qualquer mobilização russa aumentaria o número de tropas e forças que já possui e se apostou a que “isso levará tempo”.
“Precisarão de equipamento, e o que temos visto até agora é que as tropas russas estão mal equipadas. Eles não têm comando e controle adequados e também têm tido muitas dificuldades com a logística”, disse.
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