O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, insistiu nesta quarta-feira (09) que a chegada de imigrantes à União Europeia está por trás do aumento de fenômenos como a homofobia, a violência contra as mulheres ou o antissemitismo e instado a começar a processar todos os pedidos de asilo em centros fora da União Europeia.
Perante o Parlamento Europeu, Orbán apresentou as prioridades da presidência húngara do Conselho, que decorre de julho a dezembro deste ano, e dedicou boa parte do seu discurso a solicitar que a União Europeia apoie “de forma significativa” os países que têm fronteiras externas com a União Europeia e os “protejam”.
Orbán afirmou que “os europeus não podem ser protegidos da imigração ilegal” sem um modelo de gestão dos pedidos de asilo de países terceiros e chamou às restantes soluções que estão sobre a mesa “uma ilusão”.
“O sistema de asilo da União Europeia não funciona. A imigração leva a (mais) violência contra as mulheres, homofobia e antissemitismo”, disse Orbán.
Estas palavras provocaram as primeiras vaias contra o premiê húngaro por parte do bloco esquerdista na Câmara, que foram abafadas pelos aplausos dos seus aliados.
Antes da sua chegada à câmara, os líderes dos grupos socialistas, liberais, verdes e de esquerda manifestaram-se logo à entrada com cartazes LGTBIQ+ e protestam contra a utilização indevida de fundos europeus nas mãos do governo húngaro.