Opositor venezuelano denuncia perseguição do regime a testemunhas eleitorais e mesários

Por Agência de Notícias
31/07/2024 16:48 Atualizado: 31/07/2024 16:48

O opositor Juan Pablo Guanipa denunciou nesta quarta-feira (30) “a perseguição a testemunhas e mesários” que participaram das eleições presidenciais do último domingo e que reuniram registros de votação onde, segundo a maior coalizão de oposição, colocam Edmundo González Urrutia como vencedor, depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ratificou o ditador Nicolás Maduro como “presidente” em uma vitória questionada por grande parte da comunidade internacional.

“Das coisas mais absurdas que estão acontecendo no momento, uma delas é a perseguição de testemunhas e membros das seções eleitorais. Querem tirar as atas para que não haja provas da vitória incontestável de Edmundo González Urrutia. Essas atas já são de domínio público”, disse Guanipa na rede social X, que lembrou que a coalizão de oposição Plataforma Unitária Democrática (PUD) tem “em forma física e digital” as atas, que podem ser consultadas em uma página na internet.

Durante o dia da eleição e depois, a PUD denunciou que várias testemunhas foram impedidas de acessar as atas para garantir a transparência das eleições presidenciais.

Apesar disso, o bloco oposicionista alega estar de posse de 85% das atas de apuração emitidas na votação, que dão a vitória a González Urrutia por uma ampla margem, graças aos documentos de verificação de testemunhas e mesários.

“Essa água já foi derramada no oceano e não há como contê-la. Já mostramos quem venceu em 28 de julho na Venezuela. Minha solidariedade e gratidão a essas corajosas testemunhas e membros da mesa que nos permitiram ter a verdade em nossas mãos e a nosso favor”, disse Guanipa.

Ele também garantiu que os “senhores da ditadura não têm escapatória” e que “a farsa deles tem pernas curtas”.

Entre as várias contestações e provas de fraude divulgadas, o Cater Center, que participou como observador nas eleições presidenciais da Venezuela, disse na terça-feira que o processo “não estava em conformidade” com os parâmetros e padrões internacionais de integridade eleitoral e, portanto, “não pode ser considerado democrático”.