A Plataforma Democrática Unida (PUD), principal coalizão de oposição ao atual regime da Venezuela, propôs na sexta-feira a historiadora Corina Yoris como candidata às eleições presidenciais de 28 de julho, diante da desqualificação que impede a líder antichavista María Corina Machado de concorrer.
Em declarações a jornalistas, Machado garantiu que a decisão “surgiu dentro da discussão das forças unitárias” e faz parte de um mecanismo planejado para “enfrentar esse obstáculo”, em referência a sua desqualificação, ratificada em janeiro pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), uma sanção que ela descreveu como “um ato ilegal, totalmente inconstitucional e covarde”.
Enquanto isso, ela continuará “viajando por toda a Venezuela” para levar “força e esperança a todos os cantos do país”, ao mesmo tempo em que continua sua luta contra a desqualificação que a impede de concorrer a cargos públicos até 2036.
“Encontramos a pessoa certa (…) tem o respeito de todos aqueles que a conheceram ao longo de sua vida acadêmica, profissional e cívica”, disse Machado, que classificou Yoris como uma pessoa de sua “total confiança”.
Ela acusou o regime do ditador – e candidato à reeleição – Nicolás Maduro de querer “fechar a estrada e o caminho eleitoral” para “negar a todos os venezuelanos o caminho da mudança, da liberdade em paz”.
Por sua vez, Yoris disse que se sente “tremendamente comprometida com o povo venezuelano” e com Machado, a quem agradeceu por “esse ato de confiança”, e expressou sua disposição de avançar em direção a “um caminho de transição na Venezuela”.
Yoris é formada em Filosofia e Literatura e tem doutorado em História, além de ser professora universitária.