Oposição denuncia enriquecimento de empresas cubanas na Venezuela

Havana "é o apoio mais importante de Nicolás Maduro"

18/11/2020 22:09 Atualizado: 19/11/2020 04:12

Por Agência EFE

A oposição venezuelana denunciou nesta quarta-feira que várias empresas cubanas do setor de telecomunicações “fizeram fortuna” no país por meio de contratos firmados com o Estado venezuelano e instituições públicas, favorecendo os dois regimes.

“Cubatel, Copextel, Albet e Etecsa são empresas cubanas que fizeram fortuna graças a contratos com empresas estatais e instituições públicas da Venezuela. Isso permitiu que a ditadura de Maduro copiasse o sistema cubano de controle político e financeiro de Havana”, explicou Julio Borges, representante do presidente responsável pelas Relações Exteriores, Juan Guaidó.

Segundo Borges, este é “um mecanismo para aprofundar a penetração cubana no país e financiar a ditadura castrista” por meio dessas empresas, que agregam “mais de 5 bilhões de dólares em contratos”, apesar de “não terem experiência nem conhecimento na área”.

“Quando os contratos são minuciosamente revisados, percebe-se que essas empresas não tinham experiência na área. Além disso, eram contratos secretos, feitos nas costas do país e que em muitos casos constituem uma flagrante violação da soberania. Por exemplo, Cuba teve acesso ao sistema de identidade da Venezuela”, especificou.

Também indicou que Havana “é o apoio mais importante de Nicolás Maduro”, a quem – considera – quase não resta apoio.

“Maduro ficou sem suporte. Restam apenas Cuba, Irā e o crime organizado. A inteligência cubana é o que lhe permite perseguir as Forças Armadas e a sociedade civil. É um aparelho ditatorial montado para desmantelar a luta interna do povo venezuelano”, garantiu Borges.

Em sua opinião, diante desta situação, “o mundo deve pressionar Cuba e Maduro para que consigam uma transição”, afirmou.

Além disso, indicou que a oposição“continuará a insistir para que a comunidade internacional avance na justiça universal face aos graves crimes cometidos pelo regime de Maduro”.

Segundo os anti-chavistas, o líder socialista e membros do seu Executivo são responsáveis ​​por inúmeros crimes e violações dos direitos humanos, teoria endossada por várias organizações não governamentais nacionais e internacionais.

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