A Plataforma Unitária Democrática (PUD) denunciou o “assédio judicial” contra seu representante, Edmundo González Urrutia, após as “repetidas” convocações do Ministério Público, que chamou o líder oposicionista pela segunda vez na terça-feira (27) para depor como parte de uma investigação contra ele.
“A Plataforma Unitária Democrática (PUD) da Venezuela denuncia ao país e ao mundo o assédio judicial ao qual nosso candidato presidencial está sendo submetido”, declarou a aliança por meio da rede social X (ex-Twitter), sem informar se Urrutia, que foi inicialmente citado para falar ontem, compareceu à convocação ou manteve comunicação com o MP.
A PU também disse que a intimação “busca justificar” um “mandado de execução” para “acentuar” a “perseguição” contra a oposição, que venceu as eleições presidenciais contra o ditador Nicolás Maduro.
“Expressamos nossa solidariedade e apoio a Edmundo González Urrutia, que está sendo perseguido porque o governo considera um crime o fato de ele ter obtido nada menos que oito milhões de votos pela vontade do povo venezuelano”, disse a aliança, apesar do resultado oficial, também validado pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ).
A PUD alega que o vencedor da eleição presidencial é seu candidato, de acordo com “83,5%” das atas eleitorais que alega ter reunido por meio de testemunhas e membros das seções eleitorais, e que foram divulgados em um site, razão pela qual o MP convocou a oposição, pelo “suposto cometimento dos crimes de usurpação de funções e falsificação de documentos públicos”, entre outros.
No domingo, por meio de um vídeo divulgado nas redes sociais, Urrutia disse que o MP, órgão que faz parte do regime de Maduro, “pretende submetê-lo a uma entrevista sem especificar em que condições deve comparecer e pré-qualificando crimes que não foram cometidos”.