Por EFE
A bancada parlamentar da coalizão de direita Cremos, informou nesta sexta-feira que enviou cartas a organismos internacionais, como a União Europeia (UE) e as Nações Unidas, para denunciar “atos de intimidação e perseguição” contra legisladores da oposição boliviana pelo governo de Luis Arce.
A líder da bancada do Cremos no Senado, Centa Rek, afirmou juntamente com senadores e deputados da coalizão que enviaram cartas à UE, à Organização dos Estados Americanos (OEA) e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
Enviaram também uma carta ao relator especial das Nações Unidas para a Independência dos Juízes e Advogados, o peruano Diego García-Sayán.
Na carta, eles informam que desde que o presidente Luis Arce chegou ao poder, começou uma “perseguição” contra ex-autoridades, policiais, militares, mas também autoridades que denunciam “abusos, excessos e violações dos direitos humanos”.
“Os senadores e deputados não fugiram dessa realidade”, indica a carta.
Além disso, detalha algumas das violações cometidas pelo governo de Luis Arce, como a operação no gabinete da deputada María René Álvarez realizada pela Força Especial de Combate ao Crime “sem ordem judicial” e a “prisão violenta” da deputada Haidy Muñoz durante uma “greve departamental”.
Também relata uma “tentativa de ataque” a deputada Moria Osinaga durante uma greve que ocorreu este mês em repúdio à nova data para a realização do censo populacional e habitacional no país.
Da mesma forma, a acusação contra a deputada Tatiana Áñez que é acusada de “ferimentos graves e leves” na denúncia do deputado pró-governo Héctor Arce por ter feito um “leve arranhão” no meio de uma sessão parlamentar, entre outras.
Áñez também denunciou a agressão de seu colega perante a Comissão de Ética da Assembleia Legislativa, mas foi rejeitada.
“Aqueles de nós que hoje recorremos à sua autoridade como vítimas são autoridades eleitas por voto popular que, em conformidade com as normas bolivianas vigentes e comprometidas com o mandato do povo, exercem o controle e a fiscalização dos atos governamentais”, diz a carta enviada a García-Sayán.
Em julho, os mesmos opositores enviaram cartas à UE e às Nações Unidas denunciando que sofrem perseguição política.
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