Opinião: por que progressistas defendem a imigração ilegal

18/07/2018 10:13 Atualizado: 18/07/2018 10:13

Por Charlotte Cuthbertson, Epoch Times

A pressão dos democratas a favor de uma maior imigração ilegal começou na Califórnia em 1950, de acordo com Trevor Loudon, imigrante da Nova Zelândia e autor de “Barack Obama and the Enemies Within” (Barack Obama e os Inimigos Internos).

“Basicamente, usaram a imigração ilegal para transformar a Califórnia de um estado republicano muito forte para um sólido estado democrata,” disse Loudon.

Estimativas conservadoras sugerem que há cerca de 11 milhões de imigrantes ilegais nos Estados Unidos, enquanto Loudon indica que eles poderiam chegar a 40 milhões. Um estudo sugere que os imigrantes ilegais votam 80% em democratas e 20% em republicanos.

“Isso dará aos democratas entre 10 e 24 milhões de novos eleitores. Isso vai torná-los o partido dominante permanente deste país”, disse Loudon.

“É por isso que Hillary Clinton prometeu legalizar cada imigrante ilegal neste país nos primeiros 100 dias de seu mandato. E é por isso que Obama perdeu o Senado lutando pela imigração ilegal em 2014”.

O ex-assessor de imigração no governo Barack Obama, Eliseo Medina, é um dos principais impulsionadores do movimento de imigração ilegal nos Estados Unidos, diz Loudon.

Em 2009, Medina falou na conferência progressista Future Now, em Washington.

“[Se] reformarmos as leis de imigração, vamos colocar 12 milhões de pessoas no caminho da cidadania e, eventualmente, do direito a voto”, disse Medina. “Imagine […] [ainda] se chegarmos a 8 milhões de novos eleitores que estão preocupados com o nosso problema e que irão votar — vamos criar uma coalizão de longo prazo, não apenas de um ciclo eleitoral”.

Escritor e cineasta Trevor Loudon conversa com Epoch Times em Washington, em 10 de maio de 2018 (Charlotte Cuthbertson/Epoch Times)
Escritor e cineasta Trevor Loudon conversa com Epoch Times em Washington, em 10 de maio de 2018 (Charlotte Cuthbertson/Epoch Times)

Loudon disse que o objetivo dos democratas de garantir uma maioria dominante permanente significa que a imigração ilegal é a prioridade máxima.

“Porque eles entendem que outras políticas podem ser revertidas, mas se você inundar este país com outros 10, 20, 30 milhões de pessoas, que você confia que irão votar no Partido Democrata — que está completamente infiltrado por marxistas e comunistas — você praticamente estará dando aos comunistas o poder total sobre este país”, disse Loudon.

“O que eles fazem não tem nada a ver com compaixão. Não tem nada a ver com ajudar as pessoas do terceiro mundo. Trata-se de criar uma base eleitoral para a esquerda que não possa ser derrotada”.

Loudon acrescentou que o apoio ao voto de imigrantes ilegais está por trás de grande parte da fraude eleitoral e da luta contra as leis que requerem a identificação dos eleitores.

“Provavelmente até 5% do eleitorado é composto de eleitores ilegais. E a maioria das eleições são ganhas por uma margem de menos de 5%, muitas eleições são assim”, disse ele.

“Se 80% dos imigrantes ilegais votassem em republicanos, eu garanto que Barack Obama teria mandado colocar na fronteira um muro bem alto”.

Heritage Foundation, uma think tank de Washington, criou um banco de dados de casos de fraude eleitoral. Ele contém 1.132 casos comprovados de fraude eleitoral ocorridos em 47 estados.

“Alguns desses casos são como o de uma pessoa que tira proveito do sistema”, disse Hans von Spakovsky, associado sênior da Heritage Foundation em Washington.

“Por exemplo, descobrimos um homem que tinha sido condenado por votar em três estados diferentes ao mesmo tempo. Eu acho que ele vivia no Tennessee, então ele votou em pessoa lá e, em seguida, votou em trânsito em dois outros estados. Mas há outros casos que envolvem literalmente centenas, ou em alguns casos milhares, de votos fraudulentos”.

Fila de eleitores em Arlington, Virgínia, em 1º de março de 2016 (Saul Loeb/AFP/Getty Images)
Fila de eleitores em Arlington, Virgínia, em 1º de março de 2016 (Saul Loeb/AFP/Getty Images)

Um estudo realizado em 2014 e conduzido por uma equipe de professores da Universidade Old Dominion e da Universidade George Mason estima que, nas eleições presidenciais de 2008, 6,4% dos que votaram não eram cidadãos dos Estados Unidos.

“Os votos de não-cidadãos, provavelmente, deram aos democratas do Senado o decisivo 60º voto necessário para superar as obstruções e assim aprovar a reforma da cobertura de saúde e outras prioridades da administração Obama no 111º Congresso”, afirmam os autores.

Os autores disseram também que, por vezes, os votos dos não-cidadãos são suficientemente significativos para mudar o resultado de eleições importantes.