A ONU informou que iniciou um diálogo com autoridades russas após terem anunciado neste sábado a suspensão de um acordo para exportar grãos ucranianos através do mar Negro, e pediu contenção para preservar a iniciativa.
“Vimos os relatórios sobre a Federação Russa em relação à suspensão de sua participação” no acordo após “um ataque” à sua frota e “estamos em contato com as autoridades russas sobre este assunto”, disse o porta-voz da organização, Stephane Dujarric, em breve nota.
“É vital que todas as partes se abstenham de qualquer ação que possa colocar em perigo” o acordo, acrescentou Dujarric, observando que se trata de um “esforço humanitário que está claramente tendo um impacto positivo no acesso a alimentos para milhões de pessoas em todo o mundo”.
O Ministério da Defesa russo anunciou nesta manhã a suspensão da sua participação no acordo após relatar um ataque em massa contra navios da frota do mar Negro e embarcações civis nos portos interior e exteriores da base de Sevastopol.
A Rússia justificou a suspensão com o que considera ser um “ataque terrorista” com drones e dispositivos aquáticos não tripulados, perpetrado com a “participação de especialistas britânicos” contra navios e barcos mercantes que asseguram o corredor marítimo para a exportação de cereais.
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, disse que a diplomacia russa, juntamente com “órgãos competentes”, estudará “medidas práticas” relacionadas ao envolvimento de especialistas britânicos no ataque a Sevastopol, onde está localizada a base principal da frota russa do mar Negro.
A diplomata acrescentou que “o lado russo não pode garantir a segurança dos navios mercantes” que participam no acordo de exportação de cereais e “suspende indefinidamente a sua aplicação”
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