O Escritório de Direitos Humanos da ONU expressou “grande preocupação” com os procedimentos seguidos no julgamento do ativista humanitário bielorrusso Ales Bialiatski, ganhador do Prêmio Nobel da Paz de 2022 e que foi condenado a dez anos de prisão nesta sexta-feira.
“Estamos muito preocupados com a falta de procedimentos necessários para um julgamento justo e a falta de justiça independente na Bielorrússia, o que coloca em risco os defensores dos direitos humanos”, disse a porta-voz da entidade, Ravina Shamdasani, em entrevista coletiva após o anúncio da sentença.
A fonte oficial recordou que pelo menos 1.446 pessoas, incluindo dez menores de idade, estão arbitrariamente detidas na Bielorrússia, muitas delas ativistas dos direitos humanos em detenções “por motivos políticos”.
“Pedimos o fim da perseguição dos defensores dos direitos humanos e daqueles que expressam opiniões discordantes, e exigimos a libertação de todos os detidos arbitrariamente”, enfatizou Shamdasani.
Um tribunal de Minsk declarou Bialiatski e três outros ativistas culpados de organizar contrabando e financiamento de ações coletivas que minam gravemente a ordem pública.
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