Por Agência EFE
O líder de Cuba, Miguel Díaz-Canel, afirmou nesta quarta-feira (26), em seu primeiro discurso na Assembleia Geral da ONU, que dará continuidade às ideias comunistas de Fidel Castro, defendeu o fim do embargo dos Estados Unidos e criticou a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A defesa de Canel ao petista, cumprindo pena na carceragem da Polícia Federal em Curitiba após ser condenado por corrupção, fez parte de uma série de acusações feitas por Díaz-Canel sobre intervenções que estariam ocorrendo em países latino-americanos. O líder cubano citou, especificamente, os casos da Venezuela e Nicarágua.
Emocionado por discursar na mesma tribuna em que o ditador comunista Fidel Castro falou pela primeira vez ao mundo há 58 anos, Díaz-Canel assegurou que a maioria da população cubana quer dar sequência à obra do líder revolucionário. Por isso, o novo líder do país disse estar convencido de que a reforma da Constituição, que será votada em referendo, ratificará o “caráter irrevogável” do socialismo na ilha.
Díaz-Canel também analisou os retrocessos nas relações entre os Estados Unidos e Cuba, colocando a culpa na postura assumida por Donald Trump depois de chegar ao poder e nos ataques sofridos por diplomatas americanos na ilha, caso que ainda é investigado.
Os Estados Unidos seguiram como principal alvo das críticas de Díaz-Canel ao abordar questões comerciais. O presidente cubano criticou as “medidas punitivas” de Trump contra a China, União Europeia e outros governos, alertando que elas prejudicarão especialmente os países em desenvolvimento.
Díaz-Canel também aproveitou a estreia na Assembleia Geral da ONU para responder a um comentário feito por Trump em seu discurso. Ontem, o presidente norte-americano atribuiu a fome e a pobreza ao socialismo, uma avaliação equivocada segundo o ditador cubano.