Por Agência EFE
A ONG Fundaredes da Venezuela denunciou nesta sexta-feira que gangues criminosas com armas pertencentes ao quartel venezuelano estão ameaçando e extorquindo os comerciantes e empresários do país, e pediu atenção às autoridades que estão caladas.
“Vemos como gangues de criminosos com alto poder de fogo atacam comerciantes e empresários, extorquem dinheiro e ameaçam os venezuelanos de morte, enquanto o Estado continua em silêncio total”, disse o presidente da ONG, Javier Tarazona, no Twitter.
Em outra mensagem, ele considerou as autoridades como “cúmplices” de “grupos armados irregulares, gangues criminosas, submundo comum, entre outras organizações ilegais que usam armas que desapareceram do quartel venezuelano”.
Tarazona acompanhou as mensagens com algumas fotos de jovens com armas longas e acrescentou alguns vídeos em que se ouvem homens falando em nome do “crime organizado”.
“Este armamento que está sendo visto aqui neste vídeo, que estamos fazendo como uma declaração, é para que saibam que eles serão usados contra você e sua família (…) todos que vivem aqui em San Juan, seja um empresário, tenha um negócio ou trabalhe em uma empresa e tenha dinheiro, você tem que nos pagar pela proteção para que você possa viver em paz ”, diz um homem no vídeo.
O ativista lembrou em outra mensagem que em 2017 sua ONG denunciou ao Ministério Público, à Ouvidoria e ao Ministério da Defesa a falta de armas nos quartéis do país.
Segundo ele, Fundaredes “consignou provas dos registros policiais onde quantificaram” as armas perdidas.
Sua denúncia também foi apresentada ao Parlamento em 23 de abril de 2019. Até o momento, Fundaredes disse que 228.294 armas e munições desapareceram do quartel venezuelano.
“Apesar de estar ciente desta situação, o Estado não realizou investigações a respeito”, acrescentou.
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