OMS anuncia planos para instalação de depósito global de materiais patogênicos na Suíça

13/11/2020 17:05 Atualizado: 13/11/2020 17:05

Por Agência EFE

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira (13) um plano de abrir um depósito na Suíça para armazenar materiais patogênicos coletados em diferentes partes do mundo e que ficará a serviço da humanidade no caso de ameaças à saúde, como a pandemia do novo coronavírus.

“A pandemia mostrou que há uma necessidade urgente de um sistema global para compartilhar materiais patogênicos e amostras clínicas”, disse hoje o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Esses materiais são essenciais para iniciar todas as pesquisas necessárias sobre novos patógenos, como o coronavírus Sars-CoV-2, e para buscar pistas sobre como diagnosticar, tratar e desenvolver vacinas.

Tedros disse que um sistema de coleta do material patogênico “não pode depender de negociações entre países”, porque elas “podem levar anos”, e o que é necessário é agir o mais rápido possível quando surgem novas ameaças à saúde pública global.

O diretor-geral da OMS disse que haverá um acordo voluntário para participação neste depósito e que a entidade facilitará a transferência e o uso de materiais armazenados com base em critérios pactuados.

O governo suíço ofereceu à OMS as instalações de um laboratório de alta segurança para armazenar estes materiais sensíveis.

A iniciativa foi apresentada pela OMS aos governos durante a reunião anual da entidade, realizada nesta semana.

No discurso de hoje, o diretor-geral reconheceu que a notícia de que uma vacina candidata contra a covid-19 mostrou um nível de 90% de eficácia é encorajadora e que, se isso se revelar verdade, será a vacina de desenvolvimento mais rápido da história.

No entanto, ele pediu para que “não sejam colocados todos os ovos em uma cesta” e que sejam mantidas as medidas para conter a pandemia.

“O vírus não mudou, nós sabemos o que funciona. Primeiro conhecemos bem a situação epidemiológica, e depois encontramos, diagnosticamos, isolamos e cuidamos dos infectados, colocamos em quarentena seus contatos, e finalmente capacitamos as comunidades a se protegerem com distanciamento social, uso de máscaras, higienização das mãos e ventilação”, frisou.

 

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